Coordenador-geral encerrou encontro Rize Up, em Roma, com a delegação que foi recebida pelo Papa e pede um «regresso à normalidade cheio da vivência da JMJ»
Roma, 30 nov 2023 (Ecclesia) – O cardeal D. Américo Aguiar, coordenador-geral da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, pede um regresso à normalidade com as marcas da “vivência da JMJ”, desafiou ao acolhimento de todos e disse que a jornada “vai dar generosamente lucro”.
O atual bispo de Setúbal encerrou o encontro Rize Up, em Roma, na igreja de Santo Inácio de Loyola, com a delegação que foi recebida pelo Papa na manhã desta quinta-feira, e referiu-se ao fecho de contas da JMJ afirmando que está “a terminar” e lembrando que, em Portugal, raramente um “acontecimento corre bem e dá lucro”.
“É o caso da JMJ: correu bem e vai dar generosamente lucro. Caberá a quem de direito depois destinar, aplicar, resolver e decidir o que acontecerá com isso. Já não será da minha responsabilidade”, afirmou D. Américo Aguiar.
Em entrevista à Renascença e à Agência ECCLESIA, no último domingo, o agora bispo de Setúbal disse que, no dia 31 de dezembro, já é possível ter “uma ideia quase total daquilo que é o deve e haver”, sendo certo que “haverá um superavit que será reencaminhado para projetos, de acordo com decisão do Governo, da Câmara de Lisboa, da Câmara de Loures e da Igreja”.
O cardeal D. Américo Aguiar lembrou que os dois municípios são os “mais envolvidos”, mas “há projetos que podem acontecer em Loures, em Lisboa e depois podem ser usufruídos por jovens de outros locais”, dando como exemplo as residências universitárias.
No encontro Rize Up, três voluntários deram o seu testemunho sobre a participação na JMJ Lisboa 2023 e, na síntese final, D. Américo Aguiar desafiou a um regresso à normalidade “cheio do que foi a vivência” da jornada.
“Nós temos que regressar à normalidade das nossas vidas e peço que esse regresso seja cheio do que foi a vivência da JMJ, particularmente o grito repetido pelo Papa Francisco: todos, todos, todos”, afirmou na Igreja de Santo Inácio de Loyola, em Roma.
No encerramento do encontro Rize UP, D. Américo Aguiar recordou o desafio repetido pelo Papa Francisco, lembrando que ninguém deve ser “obstáculo para que um irmão ou uma irmã se aproxime de Cristo”.
“Eu não estou a dizer que agora é tudo ‘à vontadinha’, tudo, tudo, tudo. Estou a dizer que ninguém se sinta impedido de chegar a Cristo vivo por nossa causa. Que todos se sintam atraídos, queridos, amados por Cristo vivo, pela sua Igreja. Depois fazemos caminho com cada um”, afirmou.
O bispo de Setúbal disse que “todos foram fundamentais, importantes e decisivos nos quatro anos de preparação” da jornada e na semana em que aconteceu, referindo que a jornada não é para ser “um arquivo”.
“O Papa não quer que a jornada seja um arquivo, seja digital, seja na estante; quer que a jornada esteja sempre viva. E a jornada estará viva enquanto cada um de nós der testemunho vivo daquilo que foi a vivência da jornada”, apontou.
O cardeal D. Américo Aguiar agradeceu a todos os que trabalharam na preparação da jornada, as entidades públicas, os parceiros, referindo que “Portugal inteiro entregou-se à Jornada Mundial da Juventude”.
“A jornada chegou ao fim. Hoje é mais um pedacinho do fim, daquilo que foi, mas queremos que continue a ser sempre”, indicou.
O bispo de Setúbal apontou para a participação dos jovens portugueses no Jubileu que a Igreja Católica vai assinalar em 2025 e espera que, em 2027, “seja inultrapassável a presença na JMJ, em Seul”.
A JMJ 2023 decorreu de 1 a 6 de agosto, em Lisboa, com mais de 1,5 milhões de participantes nas celebrações conclusivas, presididas pelo Papa no Parque Tejo.
PR