Coordenador-geral afirmou que a Vigília, no dia 5 de agosto, mostrou novos «métodos e expressões» para um momento de «encontro especial e único de cada um com Cristo» e lembrou a vontade do Papa em ir a Fátima
Lisboa, 05 ago 2024 (Ecclesia) – O coordenador-geral da JMJ Lisboa 2023 afirmou que o Papa sempre manifestou vontade de ir a Fátima e valorizou o “encontro especial e único” com Cristo na Vigília, que aconteceu no Parque Tejo, um “legado extraordinário e único” da jornada.
“Estes espaços, ao serem intervencionados com o fim imediato da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), serem parques verdes para fruição pública, seriam um legado extraordinário e único ligado a uma Jornada Mundial da Juventude”, afirmou D. Américo Aguiar.
Ao recordar o dia 5 de agosto de 2023, o que aconteceu na JMJ, o coordenador-geral referiu-se à preparação do encontro de jovens de todo o mundo e à opção pelo Parque Tejo para os eventos finais, afirmando que foi uma opção “essencialmente política” que cativou desde as primeiras horas.
“Estava em causa de recuperar todo aquele espaço para proporcionar o encontro final da jornada, do sábado e do domingo, e ao mesmo tempo, um legado. Foi sempre essa imagem que tivemos”, sublinhou D. Américo Aguiar.
O coordenador-geral da JMJ Lisboa 2023 valorizou a participação do coro e da orquestra, nomeadamente na Vigília, dirigidos pela maestrina Joana Carbeiro, que “deu profissionalismo ao trabalho realizado”, e o contributo da dança contemporânea, do fado e de comunicação também com mensagens através de drones.
“Em cada tempo, temos de ser capazes de comunicar, de transmitir às novas gerações da melhor maneira, da maneira mais entendível, o que é que queremos dizer e que sentimentos é estamos a testemunhar. E, de jornada para jornada, nós vamos tendo essa experiência”, afirmou.
D. Américo Aguiar lembrou a relação temática entre os vários eventos da JMJ Lisboa 2023 que, após acolher “todos, todos, todos”, lembrar as fragilidades em torno da Cruz, propôs o encontro com Cristo na Vigília.
“Fomos desaguando, cada um com as suas dores, com os seus cansaços, com os seus sofrimentos, no Parque Tejo, sentindo-nos acolhidos, amados, queridos e, a certa altura, sentimo-nos de tal maneira confortáveis na multidão, no escuro da noite, no silêncio que cativa, nas palavras que o Papa dirigiu e depois, na presença única, e só cada um é que sabe, nesse encontro especial e único de cada um com o Cristo exposto na Eucaristia”.
Na entrevista, em que faz memória dos acontecimentos de cada dia da JMJ, de há um ano, e que vai ser depois publicada pela Paulus Editora, o coordenador-geral da jornada referiu-se aos cuidados de saúde dos peregrinos, onde “tudo foi preparado para o pior” e aos transportes, à alimentação e ao alojamento, como as “três áreas mais sensíveis” para a organização.
D. Américo Aguiar refere-se também à participação de Fátima na JMJ, à vontade dos peregrinos conheceram o Santuário e à presença do Papa na Capelinha das Aparições, uma vontade que expressou “desde a primeira hora”, onde se encontrou com pessoas com deficiência.
“O que aconteceu e o que disse foi de especial importância. Quer o seu discurso com essa referência da Capelinha das Aparições lhe ter inspirado uma Igreja sem portas, sem janelas, sem obstáculos, quer depois a sensibilidade que o Papa sempre demonstra ao falar para aqueles que estavam imediatamente junto de si”, indicou.
A entrevista ao coordenador-geral da JMJ Lisboa 2023 está a ser realizada quando se assinala um ano da jornada em Portugal, vai ser divulgada até ao dia 6 na Agência ECCLESIA e depois publicada integralmente numa obra da Paulus Editora.
PR