JMJ Lisboa/1º aniversário: Cerimónia de Acolhimento «tocou de modo muito especial o coração do Papa»

Coordenador-geral da jornada afirma que as bandeiras de todos os países do mundo foram sinal de que «a paz é possível», recorda o momento em que os jovens repetiram «todos, todos, todos» e lembra que «sem Papa não há jornada»

Foto JMJ Lisboa 2023/Rafael Souza Falcão

Lisboa, 03 ago 2024 (Ecclesia) – O coordenador-geral da JMJ Lisboa 2023 disse que foi “guiado” pelo Papa na preparação da jornada, nunca se colocou a hipótese dele não participar e a Cerimónia de Acolhimento “tocou de modo muito especial o coração do Papa.

“Uma das conversas, sem cometer inconfidências, uma vez que tenho de ter a reserva obrigatória, como é óbvio, mas sei quanto tocou de modo muito especial o coração do Papa a Cerimónia de  Acolhimento, nomeadamente a entrada das bandeiras de todos os países do mundo, com jovens de todos os países do mundo”, afirmou D. Américo Aguiar.

Foto JMJ Lisboa 2023/Arlindo Homem

Para o coordenador-geral da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que decorreu em Lisboa entre os dias 1 e 6 de agosto de 2023, a presença de bandeiras de todos os países do mundo diante dos jovens e dos 500 milhões de lares que seguiam a transmissão pelos media foi a afirmação de que “a paz é efetivamente possível”.

“Jovens de países em guerra, jovens de países com problemas graves estavam todos juntos a manifestar, a desejar e a testemunhar que a paz é dom e é uma possibilidade. E isso sei que marcou de modo muito especial o Papa Francisco”, disse o agora bispo de Setúbal.

A entrevista ao cardeal D. Américo Aguiar, que coordenou a preparação da JMJ Lisboa 2023 recorda, nestes dias, a realização da jornada em Lisboa, em cada momento, e vai ser publicada integralmente por ocasião da celebração nacional do primeiro aniversário do encontro de jovens em Portugal, em outubro, pela Paulus Editora.

No dia 3 de agosto de 2023, quando os jovens acolheram o Papa, na Colina do Encontro (Parque Eduardo VII), o Papa proferiu a frase que marcou a JMJ Lisboa 2023: “Na Igreja há lugar para todos”.

Na Igreja há lugar para todos. Padre, mas eu sou um miserável, sou uma miserável, há lugar para mim? Há lugar para todos. Todos juntos, cada um na sua língua… Cada um na sua língua repita comigo: todos, todos, todos. Não consigo ouvir, repitam: todos, todos, todos. E esta é a Igreja, a mãe de todos. Há lugar para todos” (Papa Francisco).

Foto JMJ Lisboa 2023/Sebastião Roxo

D. Américo disse que já teve de se referir ao alcance da afirmação do Papa “muitas, muitas, muitas” vezes e é necessário ter a “capacidade de descer” do “todos, todos, todos” para cada pessoa em concreto, garantindo o que Jesus Cristo trouxe à humanidade, o “respeito pela pessoa, a centralidade da pessoa, de cada pessoa”.

A Cerimónia de Acolhimento foi uma festa dos jovens com a presença da cultura e da música portuguesa, nomeadamente os cantores Héber Marques, Buba Espinho e o Rancho de Cantadores de Aldeia Nova de São Bento, a fadista Mariza, Tiago Bettencourt, num “equilíbrio entre o que é a marca nacional e a necessidade de uma linguagem universal”.

Na entrevista ao cardeal D. Américo Aguiar, recorda-se cada dia da JMJ e a preparação que exigiu e que contou, periodicamente, com vídeos do Papa Francisco dirigidos aos jovens, às famílias e a todos os que colaboravam na preparação da jornada.

“Tive a graça de ser acompanhado, de ser guiado ao longo daqueles quatro anos, pela preocupação, pela sensibilidade, pelos ideias, pelas chamadas de atenção, pelas correções, pelas partilhas de uma preparação da jornada muito com a mão diretamente do Papa, o que fez com que as coisas fossem diferentes”, afirmou o agora bispo de Setúbal

Foto JMJ Lisboa 2023/José Riveiro

O coordenador-geral da JMJ recorda que foi importante o Papa se envolver na preparação da jornada, o que “reforçava o convite” de Francisco e era uma garantia da sua presença.

“Sem Papa não há Jornada Mundial da Juventude. A Jornada Mundial da Juventude é um encontro com Cristo vivo, dos jovens juntos, com os outros e com Pedro”, sublinhou.

Na entrevista a D. Américo Aguiar, que vai ser publicada num livro da Paulus Editora, refere-se também a importância da mensagem na Universidade Católica Portuguesa, a presença no projeto “Scholas Ocorrentes” e o alcance da visita do Papa e do encontro com os jovens de todo o mundo através da transmissão pelos meios de comunicação social.

PR

Foto JMJ Lisboa 2023
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Agência ECCLESIA

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