JMJ: Evento revelou ao mundo uma «Igreja mais aberta»

Professora da diocese de Aveiro fala da sua participação nas primeiras Jornadas Mundiais da Juventude, há mais de 25 anos

Lisboa, 10 ago 2011 (Ecclesia) – Conceição Andril integrou a comitiva portuguesa que esteve nas primeiras Jornadas Mundiais da Juventude, na cidade de Roma, em 1985, e recorda o evento como “uma surpresa muito grande”, que revelou ao mundo uma “Igreja mais aberta”.

Em entrevista ao programa ECCLESIA desta terça-feira, na RTP2, a professora da diocese de Aveiro destaca os “encontros festivos” com o Papa João Paulo II e os momentos de oração com jovens de todo o mundo, na praça de São Pedro.

“Na altura não era comum, mas lá os cânticos eram todos acompanhados com baterias, guitarras elétricas, baixos, muita alegria, muita vivacidade, e isso trouxe-nos perspetivas diferentes, que depois retomámos aqui”, realça.

O espírito do evento incitava os mais novos a irem para junto do Papa e a mostrarem a força da sua fé em Cristo, “razão da sua esperança”.

“Quando ele dirigiu um convite para estarmos com ele, claro que tínhamos que ir e arranjar maneira disso, embora economicamente não fosse fácil na altura movimentarmo-nos”, lembra Conceição Andril, que viajou com um grupo de 50 peregrinos portugueses.

O percurso até Roma foi cumprido em três dias, de camioneta, “uma etapa difícil” mas animada pela consciência de que se estava a agarrar uma “oportunidade única”, de “ouvir as palavras sábias do Papa” e de “ver ruas carregadas de jovens, sempre a cantar”.

Este encontro mundial dedicado ao Ano Internacional da Juventude, realizado num Domingo de Ramos, abriu espaço para uma nova dinâmica de pastoral juvenil, levada a cabo pela Igreja Católica.

A 20 de Dezembro de 1985, o agora beato João Paulo II anunciou a instituição oficial das Jornadas Mundiais da Juventude e quatro meses depois, em março de 1986, Roma acolheu cerca de 250 mil jovens.  

Num seminário de preparação em Czestochowa, na Polónia, Karol Wojtyla, sublinhou que “o principal objetivo das Jornadas era fazer da pessoa de Jesus o centro da fé e da vida de cada jovem”.

Esta “alegria de fazer parte da igreja, de ter um espaço próprio na Igreja, como jovem”, é uma experiência que ainda hoje marca a vida da educadora aveirense, e que ela tem procurado transmitir às novas gerações, na paróquia de Aradas.

A “prova”, segundo Conceição Andril, é que a sua filha “também vai” às Jornadas Mundiais da Juventude deste ano, que se realizam em Madrid, entre 16 e 21 de agosto.

PTE/JCP

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