Cruz e Ícone de Nossa Senhora foram hoje entregues à Diocese da Guarda
Castelo Branco, 05 mar 2022 (Ecclesia) – O bispo de Portalegre-Castelo Branco agradeceu hoje aos jovens o entusiasmo que colocaram na receção e dinamização da visita dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude na diocese, assinalando as “portas escancaradas” que os receberam.
“Muito obrigada por terem levado carinhosamente ao colo, por toda a nossa diocese, com entusiasmo contagiante e espírito missionário, os símbolos da JMJ. Foi bom e muito bonito, tal como foi apreciar como tantas autoridades civis, académicas e militares, comunidades cristãs, estruturas sociais de saúde e serviços, e tantas outras instituições, escancaram as portas para vos acolher com a mensagem mais revolucionaria e subversiva do mundo e tudo vai acontecendo sem qualquer outra arma, quer não seja a arma do amor e do bem-fazer, em paz e concórdia”, afirmou D. Antonino Dias, na homilia da celebração, que assinalou a passagem dos símbolos da JMJ para a diocese da Guarda.
O responsável lembrou o contexto de conflito que o mundo vive e quis dizer aos jovens que todos são “instados a trabalhar e a rezar pela paz no mundo”.
“Deus pede-nos, em primeiro lugar, que afastemos tudo o que é causa de divisão, a opressão, as falsas acusações, a difamação, as calúnias a violência, a prepotência e que sejamos capazes de reconstruir a justiça social em ambiente de solidariedade e partilha, como irmãos com iguais direitos e deveres”, declarou, no Parque da Cidade de Castelo Branco.
A cruz e o ícone de Nossa Senhora, que percorrem as diocese em Portugal, estiveram na Diocese de Portalegre-Castelo Branco desde o final de janeiro, entregando agora à diocese da Guarda que os fará peregrinar no seu território.
O entusiasmo pelo JMJ já saltita pelas ruas e há pressa no ar. Essa pressa em preparar a jornada precisa de ti e do apoio e colaboração da tua família e comunidade cristã. Continua unido ao comité diocesano e ao secretariado diocesano da Juventude e Vocações, e acredita que, juntos e comprometidos no caminho, avançaremos melhor e com mais proveito. Anima-te e anima os teus colegas e amigos”.
O responsável quis ainda agradecer a todos os que “reconheceram o alcance da peregrinação, pelo que significa, representa e anuncia, a todos quantos manifestaram, a sua simpática abertura, adesão e colaboração”, lembrando ainda o trabalho que “padres e diáconos, vida consagrada, catequistas e escuteiros, o COD, a pastoral da juventude e vocações, e a todos quantos, quais formiguinhas atentas e laboriosas, tiraram pedras no caminho e colaboraram mais de perto com entusiasmo e alegria”.
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Em declarações à Agência ECCLESIA, D. Antonino Dias indicava o “tempo de graça, de interpelação, de apelo, de sensibilização para as jornadas”, que ajudou a uma “formação” dada aos jovens.
“Apesar de batizados e cristãos, a formação é menor e nem sempre é fácil de se fazer, quer pela linguagem quer pela pouca abertura e disponibilidade dos jovens. Mas é um desafio constante do qual não podemos desistir”, lembrou.
O responsável não esconde que gostaria que, após o mês de peregrinação na diocese, os jovens ficassem “unidos ao COD e ao secretariado para se irem promovendo atividades que ajudassem a crescer e a despertar para a necessidade de formação cristã”.
Quanto a participantes na JMJ de Lisboa, em agosto de 2023, D. Antonino Dias espera uma participação “em bom número”.
“A diocese não tem muitos jovens, alguns estão fora e fogem para procurar novos rumos para a vida fugindo das consequências do interior. Estou convencido que vamos ter um bom número de jovens”, indicou
A Irmã Fernanda Luz, responsável pela Pastoral Juvenil da diocese e do COD referiu a disponibilidade das autarquias em ajudar os jovens para participar no encontro em Lisboa.
“Não sabemos o que Deus nos pede com o dom das JMJ em Lisboa, não sabemos avaliar ainda os frutos. Isso veremos no futuro, mas estou convencida que apesar da situação económica – porque vemos muita gente a reagir quando lhes dizemos que participar terá tal custo – temos esperança de levar os jovens que o desejam, com iniciativas locais”, afirmou à Agência ECCLESIA.
A responsável deu conta da atração que os símbolos trazem: “Percebe-se que os símbolos agem por si, porque têm a força de Deus com eles. Os símbolos tocaram também os mais afastados, os curiosos, e bonito foi desafiar os curiosos para participar”, explicou, recordando a troca de contatos estabelecida ao longo dos dias para convidar as pessoas afastadas a permanecer e participar.
A religiosa dava conta da participação dos jovens no pós-pandemia.
“Depois da pandemia encontrarmos estes jovens disponíveis é uma bênção. É muito trabalho dos párocos, dos catequistas. Não é do COD ou do secretariado, muito trabalho de base”, referiu
LFS/LS