JMJ 2023: Voluntários internacionais peregrinaram a pé até ao Santuário de Fátima

Maria Fernanda Camargo, Maria Fernanda de Luna e Pedro Ary contaram a sua experiência de «caminho de paz» e «construção de comunidade»

Lisboa, 12 mai 2023 (Ecclesia) – Maria Fernanda Camargo, Maria Fernanda de Luna e Pedro Ary, jovens que fizeram a peregrinação a pé a Fátima, organizada pelo Comité Organizador Local (COL) da JMJ Lisboa 2023, contaram à Agência ECCLESIA a experiência de «caminho de paz» e «construção de comunidade».

Para Pedro Ary, jovem do “Caminho 23”, apesar de ser português e já ter ido muitas vezes ao Santuário de Fátima, o convite do COL mostrou-se como oportunidade para deixar a “preguiça de lado” e “construir comunidade”.

“Arejar a cabeça e cansar as pernas é bom para desligar, a peregrinação foi feita por nós e para nós, muito inclusiva e sentia-se isso na preparação e nas propostas, estamos a caminho”, conta.

Ligado à organização da JMJ Lisboa 2023 o jovem destaca a importância desta peregrinação numa fase transitória porque, “daqui a uns meses termina a organização da JMJ Lisboa”, e ninguém estará na mesma circunstância.

Foto: Agência ECCLESIA/SN – M. Fernanda de Luna, M. Fernanda Camargo e Pedro Ary

“Foi tornar-nos mais comunidade, esta essência do cristianismo, transformar o ambiente de trabalho, que tem muitas vertentes de comunidade como missa diária e orações, mas tornar mais irmãos, é muito próprio ir visitar a mãe com os irmãos, e saímos colegas e chegámos amigos, mais comunidade”, salienta Pedro Ary.

Para Maria Fernanda Camargo, natural do Panamá, a estadia em Portugal iniciou com um convite para peregrinar a pé a Fátima, que não se concretizou.

“Tinha chegado e convidaram-me para peregrinar com os jovens de Schoenstatt até Fátima, mas era no meu aniversário e não deu para ir… Este convite para peregrinar com o COL chegou e “já havia vontade”.

A jovem de 25 anos está integrada na equipa da logística e na peregrinação sentiu um “ambiente muito alegre”, apesar do cansaço vivido, quando caminhavam tudo era esquecido.

“Desde o segundo dia que tinha bolhas nos pés e quando cheguei a Fátima já não me lembrava do cansaço”.

Natural do México, Maria Fernanda de Luna contou a emoção que foi fazer o caminho a pé para Fátima. 

“Foi uma grande experiência, já tinha tido a oportunidade de lá ir, mas esta ocasião não era só peregrinar mas a oportunidade de ter consciência do que sou, como voluntária internacional e do que estou a fazer aqui”, afirmou.

A jovem, voluntária na área da Comunicação, indicou que a peregrinação ao santuário de Fátima foi “a confirmação do caminho”.

“Na mochila do coração pedia a Maria muita paz, houve um tema de estudo que falava de “Maria, Rainha da Paz”, e senti isso como uma oferta, uma confirmação do que vinha pedindo, sentia que estava no caminho correto, e era muita emoção, além do cansaço físico, alegria e a partilha entre todos”, recorda.

Maria Fernanda de Luna, de 32 anos, contou que “houve muitas bolhas e dores” mas que, “de todo o lado” lhe chegavam mensagens com pedidos de oração.

“Não estava sozinha, não fui sozinha, levava muita gente comigo naquele caminho”. 

O tema da paz foi constante na peregrinação do COL JMJ Lisboa 2023 ao santuário de Fátima, cerca de 84 km,  que reuniu 60 voluntários e colaboradores.

A entrevista integra o programa de rádio ECCLESIA, na Antena 1 da rádio pública, este sábado, 13 de maio, pelas 06h00, ficando depois disponível online e em podcast

SN

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