JMJ 2023: Via-Sacra refletiu sobre «os problemas do mundo atual» – Diana Teixeira

Guerra, desemprego, solidão, dependência digital, perseguição religiosa e alterações climáticas, foram algumas das preocupações

Foto: JMJ Lisboa 2023

Lisboa, 04 ago 2023 (Ecclesia) – O Papa Francisco presidiu hoje à Via-Sacra da JMJ Lisboa 2023, na Colina do Encontro, onde ao longo de 14 estações refletiram e rezaram sobre preocupações como a guerra, desemprego, solidão, dependência digital, perseguição religiosa e alterações climáticas.

“Acredito que todos os temas são importantes porque enquanto jovens também somos protagonistas das mudanças sociais. Somos protagonistas das transformações e da melhoria do mundo. Então, todos esses temas por mais que alguns sejam difíceis de ser tratados são importantes, são relevantes para a nossa formação humana, espiritual mas também e social”, disse Chaiane Marcante, 28 anos, da Juventude Scalabriniana de Rio Grande do Sul, Brasil, à Agência ECCLESIA.

As reflexões da Via-Sacra da JMJ Lisboa 2023 foram apresentadas por jovens dos cinco continentes, e para Adélio Moreira, têm muita importância porque “não é só o Papa que preocupa mas a Igreja toda”.

“E a Igreja somos todos nós. Não só os padres, mas jovens, adultos. Se é uma Igreja aberta para o mundo tem de ser uma Igreja aberta para os problemas que o mundo tem, todos esses problemas têm de nos importar porque é o que está no Evangelho. A Igreja tem de estar pronta enfrentar esses problemas”, desenvolveu o elemento do Grupo de Jovens ‘Alegria de Viver’, de Barcelos.

Ao longo de 14 estações, os peregrinos da primeira edição da Jornada Mundial da Juventude em Portugal refletiram sobre temas como a guerra, desemprego, solidão e saúde mental, dependência digital, perseguição religiosa e alterações climáticas.

“Enquanto grupo de jovens falamos muitas vezes disso, que a Igreja não é só ler mas aquilo que nós lemos a maioria das vezes tem de se ver refletido e é nestes momentos que podemos refletir, pensar, e acima de tudo pensar como podemos agir melhor no futuro”, explicou Mafalda Velho, de Alfena.

Segundo a entrevistada, a partir do tema da dependência digital e das redes sociais, disse que os membros do Grupo de Jovens Jesus Cristo, de Alfena, na Diocese do Porto, durante a Jornada têm “mexido muito menos vezes no telemóvel, porque não há tempo”.

“Há tanto para fazer que não perdemos tempo em estar sozinhos, temos amigos, temos com quem estar e gostávamos que isso pudesse passar a ser algo do dia-a-dia e não só nas Jornadas. Por isso, nada melhor do que a Via-Sacra para refletir e pensar como tornar isto no futuro”, desenvolveu Mafalda Velho.

O Papa Francisco evocou hoje em Lisboa as “lágrimas” das novas gerações, falando durante a Via-Sacra da JMJ 2023, no Parque Eduardo VII, perante uma multidão estimada em 800 mil pessoas.

“É muito importante que a Igreja, em união com o povo, sabendo das dificuldades de cada cultura e de cada raça, juntos é uma só Igreja a rezar pelo bem-estar da humanidade. É muito importante, colocar as nossas preocupações a Deus, naquilo que necessitamos e almejamos”, a irmã Elisa Caculo, angolana de 25 anos, da Congregação Jesus, Maria, José.

CB/OC

 

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Agência ECCLESIA

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