«Atrevo-me a dizer que os símbolos vão estar mais tempo fora das igrejas, do que dentro das igrejas» – João Clemente
Lisboa, 30 jun 2023 (Ecclesia) – O coordenador do Comité Organizador Diocesano (COD) de Lisboa para a JMJ 2023 disse que a peregrinação da Cruz peregrina e do ícone mariano, na sua última etapa pelas dioceses portuguesas, marcando “onde as pessoas estão”, de 1 a 23 de julho.
“Atrevo-me a dizer que os símbolos vão estar mais tempo fora das igrejas, do que dentro. É claro que haverá momentos de oração, mas o grande objetivo, o que está programado, é ir ao encontro das pessoas”, salientou João Clemente, em entrevista à Agência ECCLESIA.
O Patriarcado de Lisboa recebe hoje à noite os dois símbolos da Jornada Mundial da Juventude, que estiveram na Diocese de Santarém.
O COD de Lisboa informa que a Cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora ‘Salus Populi Romani’ vão percorrer toda a diocese, de norte para sul, em 23 “dias intensos”, passando pelas 18 vigararias (conjuntos de paróquias), que incluem 22 municípios.
Este sábado, o percurso começa com uma celebração eucarística, onde será feita a bênção das famílias de acolhimento da Jornada, pelas 10h00, no Mosteiro de Alcobaça.
Segundo João Clemente, a programação destes dias foi feita a partir de “três indicações/critérios” que cada vigararia pensou sobre o que “gostava de fazer” no seu dia de peregrinação.
Os organizadores pretendem que seja um “momento forte de evangelização” nas ruas, praças, mercados, praias; que os símbolos “possam ir ao encontro daqueles que poderão não participar nas jornadas”, e tiveram “muito em atenção todas as realidades de fragilidade”; em terceiro, que “estes dias fossem de comunhão, de festa”, querem “congregar as pessoas à sua volta”.
Temos programado ir a todas as prisões da nossa diocese, dezenas de IPSS, e esta é uma cultura que toda a JMJ veio trazer, toda a mensagem da visitação: Que os jovens sejam atentos a esta realidade de não estarem fechados no seu casulo, nas suas seguranças, mas possam visitar, ir ao encontro daqueles que estão mais distantes”.
O coordenador do COD de Lisboa destaca a “particularidade interessante” de receber os dois símbolos “um mês antes da JMJ” acontecer, de 1a 6 de agosto, falando numa “oportunidade espetacular para a diocese e dar uma última força para a Jornada Mundial da Juventude”.
A programação em cada dia de peregrinação “pretende muito passar onde as pessoas estão”, em plena época balnear, nas vigararias marcadas pelo turismo e pela praia, a Cruz e o ícone mariano “vão passar na marginal da Nazaré, e vão ao sítio da Nazaré”, à Praia da Areia Branca, às praias de Peniche e a Santa Cruz, a “feiras e festas”, como a Feira de São Pedro em Torres Vedras ou a Feira do Pão em Mafra.
Na cidade de Lisboa, onde termina esta 21ª etapa da peregrinação nacional, os dois símbolos da JMJ vão até “onde muitos jovens estão”, numa “noite de sábado para domingo”, nomeadamente a Santos, Bairro Alto e Camões, de 22 para 23 de julho.
A cruz e o ícone de Nossa Senhora vão também ao ponto mais alto da diocese, a Serra de Montejunto, no Município do Cadaval, a 8 de julho, e ao ponto mais ocidental, o Cabo da Roca, no Município de Sintra, para momentos de “festa”.
Os símbolos vão andar de elétrico, de barco três vezes – de Peniche para a Lourinhã, de Cascais para Oeiras, da Azambuja para Vila Franca de Xira e Póvoa de Santa Iria, exemplificou João Clemente, em entrevista emitida hoje no Programa ECCLESIA, transmitido na RP2.
A Jornada Mundial da Juventude nasceu por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude, e desde então tem-se evidenciado como um momento de encontro e partilha para milhões de pessoas, por todo o mundo.
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