JMJ 2023: Paróquia Costa de Caparica apoia participação de peregrinos das Fiji e do Laos

Projeto «Igrejas Irmãs» foi recebido como «algo que tem a ver com a identidade cristã» da comunidade

Foto: Paróquia Nossa Senhora da Conceição

Almada, 07 jul 2023 (Ecclesia) – A Paróquia Nossa Senhora da Conceição da Costa de Caparica, na Diocese de Setúbal, está a apoiar a participação de peregrinos das Ilhas Fiji e do Laos na Jornada Mundial da Juventude 2023, através do Projeto ‘Igrejas Irmãs’.

“Achamos que iria ser muito importante para nós em termos da nossa fé e da nossa vivência cristã, e também para os próprios, que podia ser uma coisa bonita de viver”, disse Carla Dias, do Comité Organizador Paroquial (COP) da Paróquia da Costa de Caparica, à Agência ECCLESIA.

O projeto ‘Igrejas Irmãs’ da JMJ Lisboa 2023 tem como objetivo ajudar peregrinos de contextos com dificuldades económicos a participar neste encontro mundial da Igreja Católica, uma ajuda não só financeira, mas também pastoral e diplomática.

Segundo Carla Dias, na comunidade paroquial da Costa de Caparica o projeto “nasce quase como que uma coisa de ADN”, para apoiar jovens “em países de minoria cristã ou com dificuldades económicas” a participar nas Jornadas e “estar integrados numa comunidade que vive a diferença cultural como uma não diferença, como uma identidade da própria comunidade”.

A pivot (angariação de voluntários) do COP explica que não escolheram “nenhum país em particular, só uma região”, onde “estivessem jovens que tivessem esse gosto e essa vontade de participar nas Jornadas com este espírito que é o nosso”.

Neste contexto, adianta que vão receber pessoas das Fiji, ilhas no Pacífico Sul, e do Laos, do Sudeste Asiático, “com a possibilidade de chegar a outros”, e sem saber quantas são, pensa que “está previsto” duas de cada país.

Para nós é essencial que estes jovens entrem em contacto com a comunidade, e nós estamos incluídos, o grupo de jovens, o COP. Nós vamos viver em comunidade, temos pensado momentos para que estes jovens possam entrar e viver também uma experiência da própria comunidade, para além da participação nas Jornadas. Vamos procurar fazer uma semana bem cheia de partilha e vivência comunitária, diocesana, e desse mundo inteiro que vai passar por Lisboa”.

A catequista e animadora do grupo ‘Jovens pelo Ambiente’ contextualizou que aderiram a este projeto, “de corpo e alma”, porque “tem muito a ver com a história” da comunidade – da freguesia e “toda atuação” da Paróquia da Costa de Caparica, “incluindo o centro social” – que, nos últimos 20/25 anos, “é muito marcada pela emigração dos mais diversos cantos do mundo”, para além do acolhimento de “refugiados da Síria – quatro famílias integrados na comunidade -, uns via Grécia, outros via Egito”.

“O próprio grupo tem jovens de vários países e é muito marcado pelas diferenças culturais. Quando ouvimos falar do projeto ‘Igrejas Irmãs’ consideramos que o tínhamos de fazer para dar cumprimento a que outros viessem conhecer e perceber que neste cantinho da Europa, da diocese, e do país, que é a Paróquia da Costa de Caparica, há um coração grande, enorme, de diferenças culturais, mas a bater ao mesmo ritmo e com a mesma expressão da mesma fé e também acolhe outros credos”, desenvolveu Carla Dias.

A entrevistada, que integra o Comité Organizador Paroquial, “tem sido um mega desafio encontrar espaços coletivos para acolhimento de jovens”, nesta “zona balnear” que nos meses de verão estão sobrecarregados, por isso, têm “dedicado muito tempo a procurar todos os espaços possíveis”.

“Temos algumas dezenas de famílias (de acolhimento) que abriram as suas portas e ainda estamos a contar que possam ser integradas mais algumas. Temos voluntários paroquiais a tempo completo e outros que vão conciliar períodos laborais com o voluntariado na paróquia”, acrescentou.

Segundo Carla Dias, outro “grande desafio é conter expectativas” – “de quem vem, de onde é que vem, o que é que vamos fazer” -, porque há uma “grande avidez” de que chegue o momento, porque têm determinados modelos que querem implementar, “de comunicação, em termos linguísticos, documentação disponível, acessibilidades”, que vão “ajustar dependendo do país” de origem dos peregrinos.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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