JMJ 2023: Jovens açorianos vão assinar «Pacto da Montanha», um compromisso «verdadeiramente ecológico» inspirado pelo Papa

Bispo preside a celebração de envio para a JMJ Lisboa 2023 no Pico

Angra do Heroísmo, Açores, 24 jul 2023 (Ecclesia) – A Diocese de Angra promove hoje celebrações de envio para a JMJ Lisboa 2023 em todas as ilhas do arquipélago, que vão estar unidas a uma vigília no alto da montanha do Pico, presidida pelo bispo diocesano.

“Os açorianos são diferentes! Somos diferentes e queremos ir sempre mais além, desafiando-nos e superando dificuldades. O facto de termos escolhido a Montanha do Pico não foi por acaso: tal como Maria subiu à montanha, também nós queremos subir, e subir para descer. Foi na montanha que Jesus proclamou as Bem-aventuranças e estas serão, de novo, proclamadas na montanha”, disse o coordenador do Comité Organizador Diocesano (COD) de Angra para a JMJ Lisboa 2023, à Agência ECCLESIA.

‘Tocar o Céu’ é o nome da Celebração diocesana de Envio dos jovens para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023, que vai ser presidida pelo bispo de Angra, D. Armando Esteves Domingues, esta terça-feira, no ponto mais alto do território português.

“Queremos elevar ao mais alto, não apenas a JMJ, mas sobretudo o nosso ser Igreja, discípulos de Jesus. No ponto mais alto dos Açores e de Portugal queremos ‘tocar o Céu’, para depois tocar a terra”, explicou o padre Norberto Brum.

Segundo o sacerdote, esta iniciativa “é a grande celebração de envio dos jovens” e, esta segunda-feira, é “repercutida” em toda a diocese, a partir das 22h00 locais (mais uma hora em Portugal continental), há uma celebração “em todas as ilhas da diocese”, enquanto na montanha realizam uma vigília.

“Será um dos grandes momentos de unidade dos jovens açorianos”, destaca o coordenador do COD de Angra, adiantando que são 116 pessoas a participar nessa celebração e na subida ao Pico, com o primeiro grupo a começar a subir esta tarde, às 14h00.

Segundo o programa, o restante grupo participa na Eucaristia na igreja matriz da Madalena, e começa a caminhada às 00h00, quando chegarem ao alto da montanha é proclamado o ‘Cântico das Criaturas’, de São Francisco de Assis e, depois de um tempo de descanso, é celebrada a Eucaristia, que termina com a assinatura do ‘Pacto da Montanha’, um compromisso Laudato Si.

“Este compromisso pretende levar os jovens a tomarem consciência que fazem parte de um todo criado por Deus, habitam a mesma e única terra, Casa Comum e, juntos, temos o dever de cuidar desta terra que é de todos e para todos. Esta terra que não é apenas natureza mas é também humanidade, homens e mulheres que carecem também de serem amados e cuidados”, explicou o padre Norberto Brum.

Com este ‘Pacto da Montanha’ querem “ajudar os jovens” a comprometerem-se com o cuidado da natureza e das pessoas, “um compromisso integral, verdadeiramente ecológico”, e que reconheçam a obra criadora de Deus, que “os jovens se sintam responsáveis por aperfeiçoar e dignificar esta criação”.

A partir desta quarta-feira, começam os ‘Dias nas Dioceses’, a semana que antecede a JMJ Lisboa 2023.

A Diocese de Angra vai receber 190 jovens, na ilha de São Miguel e na ilha Terceira, onde cada Ouvidoria “tem o seu programa específico”, com momentos e acontecimentos relacionados com a sua realidade específica, como “o contato com as pessoas, com as comunidades, e com a sua identidade e vivências”.

“Esta semana culminará com um grande ‘Encontro de Ilha’, no dia 29, que pretender ser um dos pontos mais altos, não apenas para os jovens peregrinos como também para os jovens micaelenses e comunidade em geral; Todas as atividades foram pensadas e estão programadas para serem vividas de uma forma muito criativa e original, bem ao jeito da nossa juventude”, referiu o padre Norberto Brum.

Neste ‘Encontro de Ilha’, “grande celebração de Envio à JMJ” presidida por D. Armando Esteves Domingues, vão poder participar em momentos relacionados com a “identidade açoriana – a sua cultura, religiosidade, folclore e tradições -, o culto ao Senhor Santo Cristo dos Milagres e ao Espírito Santo “estarão bem presentes, como as romarias quaresmais, procissões e artesanato”, onde vão também colocar a “mão na massa”, isto, “experimentar e aprender”, não vai faltar a música tradicional dos Açores e a sua gastronomia.

CB/OC

 

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Agência ECCLESIA

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