Espaço junto ao Parque Eduardo VII funciona como ponto de referência para uma das maiores delegações estrangeiras no encontro mundial
Lisboa, 28 jul 2023 (Ecclesia) – O Serviço Nacional de Pastoral Juvenil da Itália abriu em Lisboa uma “casa” para os peregrinos do país que participam na JMJ 2023, num total de mais de 60 mil pessoas.
A ‘Casa Itália’, próxima do Parque Eduardo VII – que acolhe os primeiros Eventos Centrais, entre 1 e 4 de agosto – está instalada no Externato do Parque, das Irmãs Doroteias, e vai contar, entre outros serviços, com um médico, um delegado da embaixada, uma capela e um espaço para reuniões.
O padre Michele Falabretti, diretor de Pastoral Juvenil da Conferência Episcopal Italiana (CEI), disse hoje à Agência ECCLESIA que o espaço quer ser um “ponto de referência”, face à existência de mais de “mil grupos” que se relacionam diretamente com o serviço que coordena.
“Para os poder ajudar, acompanhar, dar informações, uma série de serviços, temos necessidade deste lugar, a que chamamos ‘Casa Itália’, que começou por ser um secretariado e acabou por se transformar num espaço, disponível para os jovens”, explica.
O sacerdote destaca a “forte tradição” de participação italiana na JMJ, que sofreu um hiato de sete anos, desde a edição de Cracóvia (Polónia), face à realização de uma Jornada no Panamá, em janeiro (período de aulas na Europa), e ao impacto da pandemia de Covid-19.
“Nunca tinha acontecido algo semelhante”, indica o responsável, que manifesta a sua satisfação com a resposta dos jovens italianos.
O diretor da Pastoral Juvenil da CEI sublinha a importância de permitir aos jovens “viajar e estar juntos” depois dos confinamentos dos anos da pandemia, e “ver pessoas de outras culturas, que chegam de todo o mundo”.
A irmã Sofia Guedes, diretora-geral do Externato do Parque, assinala à Agência ECCLESIA que esta colaboração, pedida desde a Itália, onde nasceram as Irmãs Doroteias.
“Esta casa, concretamente, levantou-se e abriu o coração, as portas, para acolher este momento de Igreja”, indica a religiosa, assumindo a oportunidade de conviver com os jovens, num “tempo privilegiado” para mostrar o próprio carisma.
Chiara é uma das animadoras da ‘Casa Itália’, tendo chegado a Lisboa a 23 de julho, juntamente com a equipa oficial de voluntários, 15 pessoas que vão viver a JMJ ao serviço de outros peregrinos.
Com experiência de participação de outras jornadas, a jovem italiana, da diocese meridional de Tursi-Lagonegro, já esteve na edição de 2016, em Cracóvia, como voluntária, e fala numa experiência que “vale a pena”.
“É um modo novo de estar presente na JMJ: ao serviço de quem vem como peregrino, a Lisboa, para ver o Papa” conclui.
Da Arquidiocese de Milão chegaram a Lisboa duas voluntárias, Rebecca e Giulia ajudam a preparar os espaços, identificados visivelmente desde a rua ao interior.
“Estamos muito felizes por poder estar aqui, participando nesta experiência”, diz Rebecca.
O cansaço já se faz sentir, depois de vários dias de trabalho, mas Giulia sublinha que o essencial é manter vivo o “espírito” da JMJ, que já viveu anteriormente, ao contrário da sua amiga.
A delegação italiana vai viver a sua celebração nacional (Encontro das Nações) a 2 de agosto, no Passeio Marítimo de Algés.
OC