Casal das Honduras e outro da Nicarágua participaram no 4.º Congresso Internacional sobre o Cuidado da Criação
Lisboa, 31 jul 2023 (Ecclesia) – O casal Maria Luisa García e Roger Fernando Ponce, são eco-peregrinos vindos das Honduras, para participar no 4º Congresso Internacional sobre o Cuidado da Criação e, como casal, ajudar a formar a consciência ambiental.
“É algo muito importante e através do matrimónio podemos contribuir para um mundo melhor, dando formação às pessoas. Reciclar, ajudar na limpeza, a separação do lixo, e no matrimónio procuramos essas ações, mais do que palavras. Procuramos formar-nos e através do nosso matrimónio procuramos dar testemunho”, conta à Agência ECCLESIA Roger Fernando Ponce.
A poucos dias de celebrarem dois anos do seu casamento, Maria Luísa conta que foi na JMJ Panamá 2019 que decidiram vir a Portugal, à Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, continuar este trabalho de consciencialização.
“Comprometemo-nos no Panamá e no nosso aniversário queríamos vir para servir. Para além de sermos animadores Laudato Si somos missionários e somos uma família missionária. Não foi fácil a parte económica mas queríamos dar testemunho como família sobre o cuidado na casa comum e dar como Maria o nosso sim”, sublinha.
O casal reconhece que no seu país natal “é muito difícil exercer a consciência para ter ações na parte climática” e, com o seu testemunho, procuram “deixar um mundo melhor e criar uma natureza que possa ser regenerativa”.
“É difícil o cuidado ambiental. Há ambientalistas ameaçados e neste momento o cuidado da água dos rios e reservas naturais gera ameaças. É difícil entrar na parte política e do governo para exercer influência”, lamenta Maria Luisa.
Através da ação da Igreja, junto das Obras Missionárias Pontifícias, mas também procurando formar os jovens, o casal procura “replicar o que vive” e testemunhar as suas ações junto da população mais desfavorecida, “em refeitórios sociais”.
Da Nicarágua, chega o casal Valeska López e Fausto Blandón, que pertencem a um movimento “irmão” do Movimento Laudato Si – o grupo «Justiça, paz e integridade da Criação», que procura “unificar o trabalho em prol da casa comum, na preservação dos recursos”.
“Na Nicarágua temos muitos recursos naturais que queremos preservar. Como movimento Laudato si queremos levar esta mensagem à Nicarágua, de conservar a casa comum, de conservar os recursos naturais que são abundantes”, conta à Agência ECCLESIA Valeska López.
“A Igreja sempre convocou para a conservação da casa comum, e, especial aos jovens, que são o futuro, envolvendo-os em ações de reflorestação, de cuidar de fontes hídricas e da proteção de espécies em perigo de extinção”, acrescenta.
Fausto Blandón sublinha os passos que a Igreja procura dar junto das comunidades indígenas para um trabalho conjunto.
HM/LS