Praia do Porto Santo e evangelização de rua na capital madeirense estão entre as próximas etapas
Funchal, Madeira, 17 mai 2022 (Ecclesia) – O padre Carlos Almada considera que a peregrinação dos símbolos das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), na Diocese do Funchal, tem provocado “surpresa”, registando “um grande acolhimento dos jovens e menos jovens”.
“Tem sido uma grande surpresa o acolhimento de toda a população, dos mais jovens aos menos jovens, como a cruz tem quatro metros torna-se mais apetitosa para ver”, disse o responsável do Comité Organizador da Diocese do Funchal (COD) à Agência ECCLESIA.
Os símbolos da JMJ (Cruz e Ícone de Nossa Senhora) estão na Diocese do Funchal de 06 a 24 deste mês e vão despedir-se dos habitantes e turistas com uma “evangelização de rua, uma celebração eucarística e depois um arraial”, anunciou o padre Carlos Almada.
Para além das paróquias que já visitaram, os símbolos da JMJ vão também à “Ilha de Porto Santo com um programa diversificado”.
A cruz e o ícone vão estar em “lares, centro de saúde e outras instituições ligadas ao Exército e Forças de Segurança e vão passar também pela praia dourada”, disse o sacerdote madeirense ao Programa ECCLESIA, emitido esta terça-feira na RTP2.
O responsável destaca que o “mês de maio tem sido muito intensivo” porque a palavra anunciar “é fundamental, sem esquecer que o ‘Cristo Vivo’ significa um rosto feliz”.
A Jornada Mundial da Juventude “não será tudo na conversão dos jovens, mas será um grande motor, uma oportunidade única”, observa o sacerdote.
Segundo o padre Carlos Almada, os símbolos da JMJ já percorreram várias paróquias madeirenses e a experiência tem “sido única”, ainda que no norte da ilha tenha havido “alguma dificuldade”, porque existem “muitos jovens que estudam na cidade do Funchal”.
A ida às escolas, nomeadamente as Secundárias, tem sido “uma surpresa” e o responsável do COD, constituído por 16 elementos, teve oportunidade de dialogar com os alunos sobre temáticas fora do âmbito da JMJ.
“Os jovens questionavam sobre a Igreja, doutrina e Sagrada Escritura porque desconheciam, alguns deles deixaram a catequese cedo”, esclareceu o padre Carlos Almada.
Segundo o responsável, “a mensagem existe”, mas os jovens “não a escutam” porque há “uma ideia errada de que a Igreja é castradora e controladora”.
Na caminhada peregrina dos símbolos das JMJ pretende-se também que os mais novos “sejam construtores dos direitos do homem e da sociedade”.
“Os jovens estão muito abertos a uma sociedade mais verde e ecológica”, acentua o responsável do COD no Funchal.
A Cruz da Jornada Mundial da Juventude e o Ícone de Nossa Senhora percorrem as dioceses de Portugal até julho de 2023.
A próxima edição internacional da Jornada Mundial da Juventude vai decorrer em Lisboa, entre 1 e 6 de agosto de 2023, na primeira vez que Portugal acolhe a iniciativa.
O programa vai incluir catequeses e iniciativas culturais na cidade, antes dos encontros conclusivos sob a presidência do Papa, na zona do Parque Tejo, junto ao espaço que acolheu a Expo’98.
A JMJ nasceu por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.
As edições internacionais destas jornadas promovidas pela Igreja Católica são um acontecimento religioso e cultural que reúne centenas de milhares de jovens de todo o mundo, durante cerca de uma semana.
A primeira edição aconteceu em 1986, em Roma, e desde então a JMJ já passou pelas seguintes cidades: Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019).
PR/LFS/OC