Padre Filipe Resende conta que os jovens vão ser convidados a ajudar nas tarefas quotidianas e a «ser protagonistas de momentos de animação e oração»
Porto, 07 jul 2023 (Ecclesia) – O Centro de Pastoral Juvenil Comboniano da Maia, no território da Diocese do Porto, vai acolher 160 peregrinos de várias nacionalidades, durante a semana anterior à JMJ, convidando-os a ajudar nas tarefas diárias e a “ser protagonistas de momentos de animação”.
“Vamos ter peregrinos estrangeiros, ligado a nossa espiritualidade comboniana, passar por nós cerca de 160 jovens, são jovens de Portugal, depois um grupo Macau que vem com um comboniano, depois vem outro grupo de 31 jovens da comunidade hispânica da Virgínia, nos EUA, 15 italianos que trabalham connosco na pastoral juvenil e vocacional, 32 peregrinos de Espanha, um jovem da Alemanha que está em discernimento vocacional, depois iremos daqui para a JMJ”, refere o padre Filipe Resende, em declarações à Agência ECCLESIA.
O religioso comboniano admite que “vai ser uma dor de cabeça e vai haver muito entusiasmo, uma dose das duas coisas”.
Os jovens chegam em diferentes momentos, por diferentes meios e vai ser um desafio coordenar as chegadas, depois aqui a casa da Maia já está bem apetrechada para acolher 100 jovens em cama e depois os outros virão em regime de acantonamento e esse é o espírito JMJ”.
Na semana de 26 a 31 de julho estes jovens peregrinos vão viver o “WYCG – World Youth Comboni Gathering”, a pré-jornada da família comboniana e, segundo o padre Filipe Resende “seguem depois num grupo maior para a participação na JMJ Lisboa”.
“Há muitos jovens portugueses que vivem esta semana nas suas paróquias, ao serviço como voluntários, e depois se juntam a este grupo para seguirmos até Santarém, onde vamos ficar na nossa casa comboniana, e nos deslocarmos para Lisboa para os acontecimentos centrais”, explica.
O padre Filipe Resende destaca que existe uma “equipa de 13 voluntários, jovens e menos jovens, para assegurar a logística necessária”, tendo também a ajuda de “pessoas particulares, empresas e a comunidade local” para as despesas destes dias.
“Estamos a organizar de forma a que os próprios peregrinos façam e ajudem nas tarefas, seja cozinha ou limpezas, e que sejam os protagonistas na animação e momentos de oração, por exemplo”.
Para os combonianos este “acolhimento de jovens de outros países e culturas é um desafio grande” mas como defende o padre Filipe Resende, “é preciso a abertura de mentalidades”.
“A vivência da interculturalidade deixa-nos abertos e despertos, menos centrados em nós e não nos mete medo, é um desafio grande, ainda mais depois do isolamento provocado pela pandemia, é necessário que os cristãos, também de Portugal, abram as portas a pessoas diferentes, com visões e culturas diferentes, que nos vem ajudar a desinstalar, mesmo ao nível da pastoral da Igreja”.
O Missionário Comboniano adianta ainda que a Rádio online JIM, Jovens em Missão, tem preparadas “emissões diferentes para essas duas semanas, onde se vão falar muitas línguas” e marcará presença no espaço dos Combonianos, na feira vocacional, em Lisboa.
“Vamos ter uma presença na feira vocacional, no espaço da Família Comboniana, a rádio JIM vai lá estar, faremos de lá as nossas emissões, onde teremos um jogo missionário e um contador de nacionalidades para irmos percebendo quem passa por lá”.
Ainda a Banda Missio, ligada ao Missionários Combonianos, “vai animar três momentos da JMJ Lisboa 2023, com música e testemunhos”.
SN