Autarquia publicou contas finais da realização do evento, sublinhando «investimento para o futuro da cidade»
Lisboa, 13 out 2023 (Ecclesia) – A Câmara Municipal de Lisboa (CML) divulgou esta quinta-feira o montante final do investimento com a realização da Jornada Mundial da Juventude, num total de 33,979 milhões de euros, “um milhão de euros abaixo do previsto no orçamento global inicial”.
“Do montante global de 34 milhões de euros, cerca de 23,9 milhões de euros são investimento para o futuro da cidade”, indica a CML, apontando a números que abrangem o Parque Tejo, a ponte ciclo pedonal sobre o Rio Trancão, equipamentos para o Regimento Sapadores de Bombeiros, Polícia Municipal e Proteção Civil Municipal e obras no espaço público, informa a CML.
De acordo com a autarquia de Carlos Moedas, “o investimento ficou 4,4% abaixo da estimativa”, o que corresponde a “1,1 milhões de euros de redução”.
A redução foi conseguida através da diminuição do valor do investimento no altar-palco e da gestão dos contratos e das respetivas revisões de preços.
Em nota enviada à Agência ECCLESIA, a autarquia precisa que, do valor final apurado, 1,3 milhões de euros são custos adicionais, “decorrentes de pedidos suplementares apresentados ao longo do processo”.
Os custos adicionais prendem-se com a locação de écran, luz e som para o palco do Parque Tejo Trancão; locação de RX, pórticos e detetores de metais para os grandes eventos; locação de tendas e cadeiras para o Parque Tejo Trancão e requisitos adicionais para estruturas de cadeias TV e sala de imprensa no Parque Tejo e no Parque Eduardo VII.
Sobre o retorno económico da JMJ, para o país e para Lisboa, a autarquia adianta que “irá ainda ser aferido”, uma tarefa que remete para a Fundação Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023.
No que respeita ao retorno para a cidade, a autarquia revela que no setor do Turismo, “o mês de julho fechou com Lisboa a crescer 22,3% em número de hóspedes, 19,4% em número de dormidas e 35,0% em proveitos globais face ao período homólogo de 2023”, tendo sido Lisboa o concelho que mais cresceu em dormidas (perto de 20%).
“No Infogest de agosto, as variações são todas positivas face a julho, tendo-se atingido o maior valor de sempre em valor médio por quarto vendido”, indica a CML, que explica que “estas variações são de 11% a 18% consoante a categoria do quarto, 3, 4 ou 5 estrelas e de 13,4% no agregado, face ao período homólogo de 2022”.
A autarquia conclui o comunicado referindo que “Lisboa deu o exemplo e foi exemplar”, lembrando as palavras do Papa Francisco: “Esta foi a jornada mais bem organizada!”.
Esta terça-feira, o governo já tinha revelado que o Estado gastou 18, 2 milhões de euros dos 20 milhões previstos com a organização da JMJ Lisboa 2023, que decorreu de 1 a 6 de agosto e trouxe o Papa Francisco a Portugal.
OC