D. José Ornelas incentivou à oração «pela justiça e a paz no mundo, a justiça e a paz na Ucrânia»
Fátima, 13 jul 2023 (Ecclesia) – O bispo de Leiria-Fátima apelou hoje ao “acolhimento” com os participantes na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que Portugal vai receber em agosto, desafio deixado no final da peregrinação internacional aniversária do 13 de julho, na Cova da Iria.
“A Jornada Mundial da Juventude, que esta nossa atitude de acolhimento dos jovens, que vão chegar de todo o mundo, que seja um coração aberto para favorecer, para nós e para os que chegam, a festa da vida, da juventude”, disse D. José Ornelas, nas palavras finais da Missa celebrada no Recinto de Oração.
“De uma Igreja que quer deixar-se transformar pelo espírito de Deus, como Maria, para criar um mundo novo”, acrescentou.
O Santuário de Fátima oferece, a partir de hoje, percursos orantes e culturais aos jovens que irão à Cova da Iria por altura da edição internacional da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023, que se realiza de 1 a 6 de agosto.
O bispo de Leiria-Fátima recordou ainda a importância da oração, que “Maria pediu aos Pastorinhos e pede hoje a cada um”, especialmente a “oração pela justiça e a paz no mundo”.
Oração pela justiça e a paz na Ucrânia, oração pela justiça e a paz em todas as outras situações de conflito e de violência. Oração pela paz que modele o nosso coração para sermos homens e mulheres de paz, de conversão e de reconciliação no mundo”.
D. José Ornelas dirigiu-se também aos mais “pequeninos”, que participaram na Missa do 13 de julho em Fátima, explicando que foram ao santuário “onde a mãe de Deus, mãe de Jesus, que cuidou dele”, também cuida de todos, e não “precisa de telemóvel” para os escutar.
“Ela olha para vocês com muito gosto, e com muito carinho. Não deixem todos os dias de conversar com ela no vosso coração: Ela escuta, nem precisa de telemóvel. Falem no coração que ela escuta, isso chama-se rezar, e também escutar a voz que ela segreda no nosso coração”, desenvolveu.
A peregrinação de julho à Cova da Iria assinala a terceira aparição de Nossa Senhora aos Pastorinhos, a 13 de julho de 1917, foi presidida pelo bispo auxiliar de Braga, D. Delfim Gomes, e participaram 27 grupos de 13 países, incluindo Portugal, e uma “presença expressiva dos polacos, com nove grupos”.
“Somos o agora de Deus, o nosso testemunho, a nossa paixão a nossa alegria e o nosso entusiasmo são necessários para animar a barca da Igreja que queremos missionária e que possa contagiar esta sociedade em tempo de mudança”, disse, na homilia, o presidente da celebração.
D. Delfim Gomes, citado pelo serviço de informação do Santuário de Fátima, explicou que “não depende” de cada um a conversão dos outros, mas todos podem “propor e testemunhar vivências”.
“É esta rede de bem-fazer e promover a paz a que todos estamos todos chamados”, afirmou o bispo auxiliar de Braga, que desejou que “a JMJ seja uma lufada de ar fresco”, na celebração da vigília, esta quarta-feira.
No início desta celebração foi lido o decreto das virtudes heroicas da Irmã Lúcia de Jesus, pelo bispo de Coimbra e antigo reitor do santuário, D. Virgílio Antunes, documento aprovado pelo Papa Francisco a 22 de junho.
O Santuário de Fátima informa que as próximas peregrinações aniversárias – em agosto, setembro e outubro – vão ser presididas, respetivamente, pelo arcebispo de Luanda, D. Filomeno do Nascimento, pelo bispo de Angra, D. Armando Esteves Domingues, e por D. Américo Aguiar, já depois do consistório onde vai ser criado cardeal, pelo Papa Francisco, a 30 de setembro.
CB/OC
Fátima: «Que a JMJ seja uma lufada de ar fresco» – D. Delfim Gomes