Multidão voltou a encher Parque Eduardo VII
Lisboa, 04 ago 2023 (Ecclesia) – Ao longo da Colina do Encontro, jovens peregrinos, de Portugal e outros países lusófonos, que participam pela primeira vez numa edição internacional da Jornada Mundial da Juventude, contaram que o diriam ou faziam se pudessem estar com o Papa.
“Acho que lhe dava um abraço simplesmente, isso é uma pergunta difícil” , disse Diana Teixeira, de Vila Nova de Gaia.
“Não sei, isso era muito difícil, acho que dizia que o admiro muito, há tanta gente a falar mal do que acontece, que a Igreja é isto, é aquilo, e a verdade é que a Igreja consegue mostrar a imagem verdadeira do que é que é ser boa, gostar dos outros”, referiu Mafalda Velho, de Alfena, na Diocese do Porto, em declarações à Agência ECCLESIA.
Esta peregrina do Grupo de Jovens Jesus Cristo acrescenta que o Papa Francisco “faz sempre” um discurso de partilha, de paz, de amor, mesmo quando, às vezes, “o ódio está tão próximo e é tão fácil cairmos na tentação do pecado e ele consegue dar a volta por cima”.
Já Adélio Moreira, do Grupo de Jovens ‘Alegria de Viver’, de Barcelos, diria que ao Papa que está a fazer um bom trabalho “mas ainda falta muito”, por isso, espera que continue “com essa garra”.
Na sua opinião, falta “mais abertura”, e recorda que Francisco, esta quinta-feira, na cerimónia de acolhimento, disse que “a Igreja é aberta a todos, todos”, e isso tem “um grande impacto” mas, “muitas vezes, nas igrejas, nas paróquias mais pequenas, não se vê essa abertura a todos, que realmente a Igreja fala”.
“E gostava de ver isso concretizado. A Igreja tem de trabalhar toda em conjunto para se abrir a todos, não só ficar no papel”, acrescentou.
Um grupo de dez jovens, de quatro continentes, incluindo três portugueses, almoçou hoje com o Papa, na Nunciatura Apostólica, por ocasião da JMJ Lisboa 2023, a pessoa mais jovem do grupo tem 17 anos e a mais velha 33 anos; O grupo foi acompanhado pelo cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, e o presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, D. Américo Aguiar.
A jovem Jovelina Domingues, de 14 anos, de Leiria, afirma que “agradecia” ao Papa pelo seu testemunho de fé e “pelas Jornadas”.
Do outro lado do oceano, de Rio Grande do Sul, no Brasil, viajou Chaiane Marcante, e se tivesse a oportunidade de estar com o Papa dizia “obrigada”, porque o Papa Francisco “é uma inspiração para a juventude e para a humanidade”.
“Então agradeceria por, nesse espaço tão importante, ele ter uma função social tão relevante e que comunga com o bem comum”, acrescentou a jovem de 28 anos da Juventude Scalabriniana.
A irmã Elisa Caculo, da Congregação Jesus, Maria, José, conta que se estivesse com Francisco “primeiramente apertaria as mãos do Papa, daria um abraço” e pediria que abençoasse toda a população jovem.
“E rezasse sempre por nós, para termos as graças que necessitamos: sabedoria, e a graça do discernimento e seguirmos o caminho de Jesus Cristo”, salientou a religiosa de 25 anos, que viajou de Luanda, Angola, para a JMJ Lisboa 2023.
CB/OC
A Jornada Mundial da Juventude, que Portugal recebe pela primeira vez, é um encontro internacional de jovens promovido pela Igreja Católica, que reúne centenas de milhares de participantes durante cerca de uma semana, em iniciativas religiosas e culturais, sob a presidência do Papa. “Está a ser a primeira vez que participo numa Jornada e está a ser uma experiência muito boa, agradável. Tenho dito que é o Pentecostes, encontro das culturas, de alegria, encontro de raças, de nações, de povos unidos numa só Igreja” – irmã Elisa Caculo, Congregação Jesus, Maria, José; Estes peregrinos também estão a participar pela primeira numa edição internacional da JMJ e destacam o encontro, a partilha, e a diversidade das culturas presentes na capital portuguesa. “Espero conhecer o máximo de culturas, trocar coisas, ver o Papa, aproveitar ao máximo e que fique para sempre” – Jovelina Domingues, Monte Redondo – Leiria. Para a Diana Teixeira, Vila Nova de Gaia, também está “muito calor mas está a ser bastante bom”: “Já estivemos a dançar, a cantar, está a ser muito bom”. “Está sendo maravilhoso, muito divertido, bastante calor, mas estamos enfrentando todos os percalços com muita alegria pelo nosso objetivo que é estar reunido com a Igreja, com os jovens do mundo todo” – Chaiane Marcante, Juventude Scalabriniana, Rio Grande do Sul, Brasil “Espetacular a todos os níveis”, é a opinião de Adélio Moreira, do Grupo de Jovens ‘Alegria de Viver’, de Barcelos. “A juventude toda que anima, estão todos para ver o Papa e estar em comunhão na fé, e na espontaneidade de cada um, diferentes, mas todos unidos por um só que é este Jesus Cristo que nos ama”, realçou. “Acima de tudo é inexplicável. Poder contar com pessoas de outros países que não conhecemos de lado nenhum para as coisas mais simples, como apanhar metros ou comboios, a amizade que se sente no ar, mesmo com pessoas que não conhecemos; Sente-se o amor de Cristo em tudo e em todos os momentos, e isso é essencial” – Mafalda Velho, Grupo de Jovens Jesus Cristo, Alfena, Diocese do Porto
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