Os jovens têm «coisas muito bonitas a propor e a fazer de novo na Igreja e também na sociedade», afirmou D. António Augusto Azevedo na noite «Stand up Oração» iniciou preparação rumo à Jornada Mundial da Juventude 2022
Vila Real, 29 nov 2019 (Ecclesia) – O Bispo de Vila Real quer que os jovens da diocese descubram a sua missão, lugar e vocação, “contribuindo para a renovação da Igreja”, num itinerário rumo à Jornada Mundial da Juventude de 2022, em Portugal.
“Esta geração tem coisas muito bonitas a dar, a propor e a fazer de novo, na Igreja e também na sociedade. Que cada um se descubra e descubra, como diz o Papa, qual a sua missão, qual o seu lugar na Igreja, qual o caminho que quer fazer com os outros”, afirmou à Agência ECCLESIA D. António Augusto Azevedo, no final do encontro que convidou os jovens para uma noite «Stand Up Oração», que marca o arranque da preparação da JMJ 2022, na Diocese de Vila Real.
Aos jovens foi dirigido um convite “pessoal” para participarem nesta iniciativa que quis manifestar também a proximidade do bispo diocesano para acompanhar os jovens neste caminho.
“Trata-se de um olhar para a realidade da juventude de hoje da Igreja, mas também da juventude que está afastada, de jovens que tendo sido batizados estão um pouco afastados da fé; é necessário ir conhecendo essa realidade: onde se encontram, onde convivem, para chegar até eles. Sensibilizar e mobilizar, de certo modo desinstalá-los, num trabalho feito, naturalmente, com o departamento da juventude da diocese”, manifestou D. António Augusto Azevedo.
Numa região com uma realidade díspar, “rural com pouca presença de jovens, como também com realidades urbanas, vilas e cidades, onde há a presença de jovens, para além da realidade, concretamente na cidade, onde há uma Universidade com jovens de fora”, o bispo indica a importância de “ir ao encontro”, conhecendo as “inquietações e desejos”.
O diretor do Departamento da Juventude, da Pastoral Universitária e das Vocações (DJPUV), o padre João Curralejo, indica que a Igreja deve ser “desafiada pelos jovens”.
“É importante que a Igreja seja para nos unirmos. É a nota mais importante: conseguir unir todos, para caminhar juntos rumo às jornadas”, indica.
O responsável pelo setor caracteriza a região “mais norte e interior”, em que se assiste a “alguma tradição cristã, vinda das famílias”, contexto propenso à criação de dinâmicas geradoras de encontro.
O padre João Curralejo dá conta de projetos conjuntos com outras dioceses, “nomeadamente do norte”: “Temos pensado, para fazer em conjunto, uma semana de missão no verão de 2020 e 2021, ao jeito de pré-jornadas para que os jovens se preparem para acolher” outros que cheguem de fora.
D. António Augusto Azevedo não esconde uma “marca vocacional” das JMJ e a expetativa de que em Portugal isso também possa acontecer, levando a um questionamento sobre “vida religiosa, sacerdotal ou outras formas de consagração”.
“Também que estas jornadas possam ter este duplo efeito: ajudem os jovens a um renovar da sua fé, ou redescoberta da fé, num compromisso mais forte com a Igreja e que essa dinâmica possa significar que cada um descobre a sua vocação, seja ela qual for”, afirma.
Os responsáveis juvenis indicam que o processo agora iniciado de propor as JMJ aos jovens de Vila Real implica “enraizar a ideia de participação”.
“Os que porventura pertencem a algum grupo de jovens já vão estando dentro. Estamos a começar muito ainda no início”, reconhece o sacerdote.
Pedro Fernandes, do Comité Organizador Diocesano, COD, dá conta que os jovens olham para as JMJ como “algo distante”, mas que, aos poucos, se começa a “ter consciência da dimensão, do necessário envolvimento de todos, congregando para uma jornada espiritual”.
CB/LS