Responsáveis querem aproveitar preparação da atividade para entusiasmar e implicar jovens no processo
Lisboa, 11 fev 2019 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal Laicado e Família (CELF), D. Joaquim Mendes, quer “alargar” a participação na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2022, a decorrer em Lisboa, a jovens de outras religiões e mesmo a não crentes.
“Queremos alargar a participação não só aos católicos mas também aos não crentes, aos jovens de outras confissões religiosas. É um acontecimento com dimensão universal, ecuménico e inter-religioso”, afirmou o bispo auxiliar de Lisboa à Agência ECCLESIA.
D. Joaquim Mendes recordou a experiência vivida em janeiro, no Panamá, onde “também os judeus, muçulmanos e budistas participaram e abriram os seus espaços para acolher os jovens”.
“Queremos que seja um acontecimento que envolva e chegue a todos”, sublinhou o responsável.
O comité organizador local tem em mãos um dossier do Dicastério dos Leigos, Família e Vida com as orientações para a realização da atividade em Portugal, mas os bispos em Portugal querem “auscultar os jovens sobre a JMJ”, sobre “o que imaginam e esperam”, refere o presidente da CELF.
“Queremos que percebam que isto lhes diz respeito e que se têm de envolver, que se entusiasmem e se impliquem no processo de construção das Jornadas”, acrescenta.
O Vaticano anunciou a 27 de janeiro, no Panamá, que a cidade de Lisboa vai acolher a JMJ 2022, evento que decorre em Portugal pela primeira vez.
“Não queremos que a JMJ não seja um evento de pastoral de micro-ondas, mas que seja um acontecimento preparado em lume brando, de envolvimento e participação, num processo de envolvimento e corresponsabilidade de fazer coisas em Igreja para e com os outros”, conclui D. Joaquim Mendes.
LS/OC