Cidade do Panamá, 22 jan 2019 (Ecclesia) – Uma delegação de mais de 200 jovens de diversos movimentos católicos representam Angola na 34ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que começou hoje no Panamá, confessando expectativa pelo encontro com o Papa.
“É muito grande, muito grande, o pessoal todo está expectante, quer ver o rosto do Papa, é muito grande, essa expectativa”, confessa à Agência ECCLESIA a jovem Isabel Antónia.
Durante os dias que antecedem o evento, os jovens, repartidos em vários grupos, participaram em celebrações religiosas, de intercâmbio cultural e atividades sociais, sobretudo visitas e ajuda a doentes e pessoas carentes.
Ernesto Miguel Domingos, um dos membros da delegação angolana, vai na sua terceira participação em JMJ e fala numa “experiência muito boa”, com muitas “mensagens positivas, muitos jovens que estão em comunicação, muitos países em movimento”
As chamadas “pré-Jornadas” levaram a brasileira Cíntia até San José, na Costa Rica.
“Foi maravilhoso, nem tenho palavras”, refere à reportagem da ECCLESIA.
Com ela esteve Gabriel, que fala numa vivência “totalmente missionária”, com os jovens de todo o mundo que foram fazer a pré-Jornada na Costa Rica, antes de seguir para o Panamá.
Ernesto Tamayo, motorista, mostra-se feliz por receber no seu país uma edição internacional da JMJ.
“A energia é muito positiva, há muito entusiasmo pela chegada do Papa, vê-se que há muita organização, tomaram-se medidas para que a cidade possa fluir, apesar de haver algumas estradas encerradas. Vimos a alegria dos peregrinos, muito entusiasmados, ao chegar ao Panamá, muito compenetrados com a população. Esperemos que tudo seja um sucesso”, afirma.
Para Ernesto Tamayo, Francisco deve falar de temas que dizem respeito à região, como o a corrupção, a exclusão social, os problemas em países como a Nicarágua ou a Venezuela.
O entrevistado destaca ainda a boa convivência entre muçulmanos, cristãos e judeus, todos unidos no acolhimento de peregrinos da JMJ.A organização da 34ª Jornada Mundial da Juventude espera 200 mil jovens provenientes de 155 países, incluindo mil jovens indígenas dos cinco continentes.
O programa do Papa, que chega ao Panamá esta quarta-feira, inclui um encontro com jovens presos no centro de menores “Las Garças” de Pacora, localidade situada a 46 km da Cidade do Panamá, a 25 de janeiro.
As JMJ nasceram por iniciativa de São João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude; são um acontecimento religioso e cultural que reúne jovens de todo o mundo durante uma semana.
Cada JMJ realiza-se, anualmente, a nível diocesano no Domingo de Ramos, alternando com um encontro internacional a cada dois ou três anos numa grande cidade.
PR/OC