Integrado na Comunidade Neocatecumenal, este grupo lisboeta vai viajar de autocarro, evangelizando pessoas ao longo do caminho
Lisboa, 26 jul 2011 (Ecclesia) – Para 70 jovens da paróquia de Nova Oeiras, em Lisboa, a preparação das Jornadas Mundiais da Juventude deste ano tem sido uma autêntica aventura, a começar pela angariação de fundos, que passou pelo mercado mais antigo da cidade.
“Nunca tínhamos ido à Feira da Ladra e foi uma experiência engraçada, chegámos lá às sete da manhã com cargas de canetas, jogos, cartas, e mal pousámos os caixotes já estávamos encurralados, com pessoas a perguntarem-nos quanto custa, se não podíamos baixar para um euro e aquilo vendeu-se imenso”, conta esta terça-feira Teresa Pita, ao programa da Igreja Católica na Antena 1.
Esta jovem valoriza sobretudo as experiências que “antes e depois” se vivem e que podem ser “partilhadas” com os outros através do Caminho Neocatecumenal onde está inserida, à semelhança de todos os colegas que vão consigo a Madrid.
Trata-se de um itinerário de formação cristã nascido na Espanha em 1964 por iniciativa do pintor e músico Kiko Argüello e da missionária Carmen Hernández, atendendo às diretivas do Concílio Vaticano II relativas a um caminho de iniciação ao Batismo que faça descobrir o que significa ser cristão.
A Igreja Católica reconhece o Caminho Neocatecumenal como “um itinerário de formação católica válido para a sociedade e os dias de hoje”.
Antes de ir ao encontro do Papa Bento XVI, entre 18 e 21 de agosto, o grupo lisboeta insistiu bastante na base religiosa e espiritual dos seus elementos.
Segundo Filipa Ferreira, “começou-se por fazer perscrutações da bíblia, tendo em vista o tema das jornadas mundiais da juventude, ‘enraizados na fé, firmes com Cristo’, e depois sobre a evangelização”.
A ideia é que os mais novos possam ganhar conhecimentos, transportar a Palavra de Deus para as suas vidas e dar depois testemunho dela aos outros.
Um desafio que se enquadra no espírito missionário que caracteriza as JMJ, e que os jovens de Nova Oeiras vão começar a cumprir assim que se fizerem à estrada.
“Foi-nos feito o convite, pelos iniciadores do Caminho, para irmos parando o autocarro em pequenas povoações, anunciando Jesus Cristo, mostrando aos outros que a Igreja está viva e é jovem”, revela João Novais.
Presente na última edição das JMJ, na cidade australiana de Sydnei, em 2008, ele considera que “o importante é deixar uma semente e que as pessoas se fiquem a questionar”.
Aquele que é considerado como o maior encontro de jovens da Igreja Católica, lançado pelo Papa João Paulo II em 1985, deverá contar este ano com mais de um milhão de peregrinos, vindos dos cinco continentes.
De acordo com as previsões do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil, Portugal deverá participar com cerca de 15 mil jovens, um contingente que será apoiado por dezenas de representantes eclesiais.
Até sexta-feira, o programa ECCLESIA na Antena 1, a partir das 22h45, dedica a sua emissão às experiências dos diversos grupos e movimentos juvenis portugueses que se preparam para partir rumo a Madrid.
PRE/JCP