Jovens de várias nacionalidades preparam Jornadas Mundiais da Juventude através do programa Magis, organizado pela Companhia de Jesus
Lisboa, 12 ago 2011 (Ecclesia) – Cerca de três mil peregrinos vão estar em Madrid embalados por diversas “experiências” de Deus, feitas a partir de áreas como a ecologia, o teatro e a ação social junto dos mais desfavorecidos.
Desde a última segunda-feira que jovens dos mais variados pontos do globo estão a participar em cerca de 100 iniciativas de preparação para as Jornadas Mundiais da Juventude, distribuídos por países como Portugal, Espanha, França e Marrocos.
Estas atividades, que decorrem até ao próximo domingo, estão inseridas no programa Magis, da Companhia de Jesus (jesuítas) e, segundo o padre Filipe Martins, têm como objetivo “expor as pessoas a coisas diferentes e ajudá-las a crescer, para que cheguem a Madrid com o coração aberto”.
“Muito do desafio está no facto dos jovens saírem daquilo a que se chama a sua zona de conforto e acreditarem que em tudo podem crescer”, realça o sacerdote jesuíta, que está a acompanhar os 14 eventos que se realizam no nosso país.
O Magis 2011 tem como tema “Com Cristo no coração do mundo” e, à semelhança dos anos anteriores, assenta sobretudo em três pilares.
A dimensão internacional, “sair e conhecer outras realidades”; a dimensão contemplativa da oração, “ver Deus em tudo, não o Deus numa caixa”; e a abertura à diferença, “trabalhar em Igreja com os outros, por um mundo melhor”.
Seja no meio da natureza, a cultuvar a terra de uma quinta, ou dentro de um grupo de teatro, a preparar uma peça, o essencial é que os mais novos possam consolidar a sua relação com o próximo e fortalecer a sua fé em Deus, para depois transportarem essas mais-valias para o mundo.
“Não é só viverem uma experiência bonita, que fica na memória com umas fotografias muito bonitas, é depois voltarem e meterem as mãos na massa”, sublinha o padre Filipe Martins.
O “grande fruto”, para aquele responsável, é ver pessoas que depois de experimentarem o Magis e as JMJ regressaram a suas casas e “dedicaram-se ao voluntariado ou à catequese”.
Habituado a trabalhar com os jovens do Centro Universitário Manuel Nóbrega, em Coimbra, o sacerdote acredita que o encontro global que se realiza na capital espanhola entre 16 e 21 de agosto será um ponto alto para os jovens cristãos, num mundo onde cresce a “indiferença religiosa”.
“O facto deles partilharem com tanta gente do mundo inteiro que crê dá-lhes imenso alento, percebem que não estão sozinhos”, sustenta.
O Magis nasceu em 1997, organizado pela Companhia de Jesus e outras instituições religiosas, nos dias prévios às Jornadas Mundiais da Juventude de Paris.
LS/JCP