JMJ Lisboa/1ºAniversário: «Fundação estará de braços abertos» para «estabelecer parcerias» na promoção da juventude – D. Alexandre Palma

Presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023 assume desafio de dar protagonismo aos jovens, através da instituição

Lisboa, 07 ago 2024 (Ecclesia) – O presidente da Fundação Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023 afirmou esta terça-feira, na Sé de Lisboa, que o futuro da instituição passa por apoiar projetos em prol dos jovens.

“As jornadas não foram um ponto de chegada, foram também um ponto de partida para a evangelização, testemunho dos jovens, dar-lhes protagonismo, dar-lhes palco e a Fundação estará de braços dados com todos aqueles com quem possamos estabelecer parcerias na promoção disto mesmo”, disse D. Alexandre Palma, em declarações aos jornalistas, no final da Missa que assinalou o primeiro aniversário da JMJ Lisboa 2023.

O bispo auxiliar de Lisboa refere que os projetos podem vir da sociedade, de grupos eclesiais da Diocese de Lisboa, ou de qualquer outra, havendo também a intenção de estender o bem da JMJ além-fronteiras, no sentido de uma maior presença da Igreja do mundo, “mas não de uma Igreja que se alimenta a si própria”.

“Uma Igreja que é ela própria, que não tem dúvidas acerca da sua identidade, mas exatamente porque está segura da sua identidade evangélica no meio do mundo, que não tem nenhum complexo em dar as mãos com quem quer que queira construir o bem comum”, assinalou.

O mais novo dos bispos portugueses reforça que apesar de a JMJ ter uma marca católica, isso não significa que tenha que se fechar ao mundo.

D. Alexandre Palma foi um dos concelebrantes da Eucaristia, que marcou o primeiro ano da jornada em Portugal, procurando fazer memória do encontro que decorreu de 1 e 6 de agosto de 2023 e agradecer a todos os envolvidos.

“Queremos que a jornada não seja apenas um evento que nós recordamos, não é apenas uma memória que nós cuidamos e que nos faz regressar a um tempo passado bom da nossa vida, mas queremos que a experiência da jornada seja um motor para caminhar e para seguir para diante. Este é o enfoque desta comemoração do primeiro aniversário da jornada e, neste sentido, é caminhar para a frente, aliás, neste sentido, até sinodal que vem habitando muito o nosso espírito de Igreja nesta fase, é este o enfoque que queremos pôr”, destacou.

Entre as centenas de pessoas que encheram a Basílica de Santa Maria Maior estavam centenas de jovens e voluntários que ajudaram na preparação da JMJ, nomeadamente Adriana Moleiro, de 30 anos, que durante a semana da experiência em Lisboa integrou o Comité Organizador Diocesano de Lisboa.

Adriana Moleiro

“Foi uma experiência muito enriquecedora a todos os níveis, a nível espiritual e em termos muito pessoais, permitiu-me aproximar da Igreja, viver aqui uma proximidade, um encontro pessoal com Cristo, que estava a fazer muita falta na minha vida”, salientou.

Segundo a jovem, a experiência não se resumiu apenas à semana de 1 a 6 de agosto, mas todo o caminho feito também durante a peregrinação dos símbolos, em que pode “experimentar” a fé de “uma Igreja que está viva”: “Isso criou em mim uma fé renovada e uma alegria de ser cristã que já não sentia há muito tempo”.

Também Raquel Hortelão, de 25 anos, acompanhou de muito perto a experiência da jornada, estando ao serviço da paróquia da Estrela e do Comité Organizador Local.

“O Papa Francisco acaba muitas vezes por falar que devemos missionar nas periferias e eu própria descobri que a minha própria paróquia era a minha missão. O meu sim, o sim de Jesus, transformou-se no meu sim a esta missão que foi a JMJ Lisboa 2023”, explica.

A jovem recorda que tinha o desejo de viver o encontro tal “como os peregrinos e os voluntários estavam”, mas a verdade é que acabou “por perceber” que a sua JMJ era para ser vivida “através dos outros”.

Raquel Hortelão

“Isso também foi bastante reconciliador na minha fé, ver que não preciso estar mesmo a dar ajuda àquela pessoa, ver o próximo no outro que ajuda ao próximo, foi um verdadeiro desafio”, enfatizou.

Ambas as jovens consideram que a JMJ não foi uma experiência que ficou no passado e que a celebração desta terça-feira é uma prova disso.

“Eu penso que muitas vezes vemos os jovens desinteressados, indiferentes, mas que não significa que estejam adormecidos. E esta celebração é reflexo disso, porque estamos no mês de agosto, não esperávamos grandes massas nesta Eucaristia e, de facto, a Sé estava completamente cheia, portanto eu penso que isso significa que os jovens querem continuar a pertencer, querem continuar a pertencer a esta rede de Igreja, a esta rede de Cristo e que têm de continuar a ser desafiados”, sublinhou Adriana Moleiro.

“A JMJ não acabou, se tivesse acabado teria sido a 6 de Agosto de 2023. A verdade de nós estarmos aqui é que o nosso encontro com Cristo não é só de uma semana, é durante toda a nossa vida, por isso é importante nós irmos dizendo os vários sins ao longo do nosso caminho”, concluiu Raquel Hortelão.

LJ

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Agência ECCLESIA

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