Bento XVI enaltece o trabalho da Companhia de Jesus Bento XVI enalteceu o trabalho que a Companhia de Jesus presta na assistência aos refugiados, nos exercícios espirituais e no exemplo cultural que seguem dentro de um mundo adverso à cultura espiritual. No encontro que manteve com os participantes da 35ª Congregação Geral da Companhia de Jesus, no Vaticano, o Papa expressou que a Igreja precisa dos jesuítas pois “as pessoas não se encontram geograficamente longe, mas culturalmente distantes”. A Igreja, explica o Papa, “precisa urgentemente de pessoas fortes com bases sólidas de fé, de uma sensibilidade social e humana, pessoas religiosas que dediquem as suas vidas a testemunhar e a ajudar as pessoas a perceber que existe uma harmonia entre a fé e a razão”. Educar os membros para “a ciência e virtude” é tarefa preferencial dos Jesuítas, chamados a “construir pontes de diálogo com aqueles que não pertencem à Igreja ou têm problemas a aceitar as suas posições e mensagens”. Actualmente, “o nosso mundo é palco de uma batalha entre o bem e o mal, com forças poderosas” que se exprimem em modas culturais que acabam por prevalecer”, dando azo ao subjectivismo, ao relativismo e ao hedonismo, apontou Bento XVI. “Tais forças causam situações dramáticas quer espirituais, quer materiais”. Bento XVI pediu que a Companhia de Jesus “renove o seu compromisso para a promoção e defesa da doutrina católica”, e em especial “focando-se em pontos cruciais que são atacados pela cultura secular”. O Papa apontou como exemplos a salvação dos homens, a moral sexual, o casamento e a família que devem ser vistos à luz da realidade contemporânea, mas “devem ser preservados”. Num mundo afectado por crises económicas e de disfunção ambiental, pelos processos de globalização conduzidos mais pelo egoísmo do que pela solidariedade e pela devastação causada por conflitos armados, “devemos continuar a renovar a missão entre os pobres e com os pobres”. São muitas as situações dramáticas de injustiça e pobreza”, expressou o Papa. Tentando combater as causas estruturais da pobreza, Bento XVI frisou que é igualmente importante “ser capaz de lutar, no coração do homem, contra as raízes do mal, do pecado que separa o homem de Deus”. Outra missão da Companhia de Jesus é ajudar os refugiados, “muitas vezes os pobres dos mais pobres, que precisam mais do que ajuda material”. O Papa pediu a continuação dos exercícios espirituais promovidos pelos Jesuítas, pois “são um instrumento precioso no meio do mundo secular, onde Deus parece faltar, e num tempo em que a confusão e multiplicação de mensagens, torna difícil o controlo humano”.