Padre João Manuel Silva, diretor do CUMN, e Francisco Malva, animador, apresentam iniciativa, que se realiza no dia 5 de abril, na Reitoria da Universidade de Coimbra
Lisboa, 25 mar 2025 (Ecclesia) – A 29ª edição do “Fé e Cultura”, iniciativa do Centro Universitário Manuel da Nóbrega (CUMN) (Companhia de Jesus), vai refletir, no dia 5 de abril, no auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra, sobre as preocupações dos jovens.
“Sinais dos tempos” é o tema do evento, que surgiu depois de um pequeno inquérito lançado nas redes sociais em junho de 2024, explica o padre João Manuel Silva, diretor do CUMN, em entrevista ao Programa ECCLESIA referindo que as respostas foram ao encontro dos grandes desafios da atualidade.
Aproveitando o entusiasmo após a Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 e o Jubileu 2025 sobre a esperança, Francisco Malva, animador do CUMN, conta que pareceu “muito importante” à organização “mostrar aos jovens que têm um lugar na Igreja para debater os temas que ocupam também os seus corações, os seus medos, anseios, receios, preocupações, seja a guerra, a polarização política na sociedade, as questões com a inteligência artificial e a tecnologia”.
“Todas as conversas serão moderadas por estudantes universitários de Coimbra, portanto, mesmo para mostrar que têm um papel e que podem fazer parte na discussão da Igreja e eles próprios são o futuro dessa Igreja”, explica.
O programa da iniciativa desenvolve-se em dois momentos, em que numa primeira parte vão ser analisados os ‘Sinais de Realidade’, através de uma leitura nua de alguns indícios de apreensão presentes na cultura atual, e numa segunda parte abre-se a porta aos ‘Sinais de Esperança’.
O diretor do CUMN esclarece que o evento começa pelos ‘Sinais de Realidade’, em que se incluem o “Tempo de Divisão”, o “Tempo de Desumanização” e o “Tempo de Exaustão”, porque a organização acredita que interpretação dos sinais dos tempos à luz do Evangelho não pode prescindir das contradições e dos paradoxos do tempo atual.
A segunda parte, dedicada aos ‘Sinais de Esperança’, vai ser constituída por nove conversas, com oradores de diferentes quadrantes da sociedade.
“Nós achamos que é mesmo através da escuta de todas as pessoas de diferentes quadrantes, crentes ou não crentes, de diferentes áreas do saber, diferentes áreas da cultura e até de aspetos políticos diferentes, que conseguimos alargar a nossa visão para olhar a realidade de uma forma mais abrangente”, afirmou o animador do CUMN.
Para o padre João Manuel Silva, “a esperança cristã não é um otimismo vago, não é uma esperança alienadora ou alienante”.
“A nossa esperança tem que encontrar as suas raízes na realidade como ela é”, desenvolveu.
As inscrições podem ser feitas através do site, que pode ser acedido através do Ponto SJ, Portal dos Jesuítas em Portugal.
A iniciativa é levada a cabo pelo Centro Universitário Manuel da Nóbrega, o Centro Universitário dos Jesuítas em Coimbra, que nasceu há 50 anos de um sonho do padres António Vaz Pinto e Vasco Pinto de Magalhães, aos quais se juntou posteriormente o padre Alberto Pinto.
“É o sonho de uma casa aberta a todos, crentes, não crentes, sempre em diálogo com as culturas universitárias, onde a identidade cristã se manifesta sobretudo no acolhimento, na hospitalidade, nesta radicalidade do acolhimento de Jesus”, indica o padre João Manuel da Silva.
O CUMN dispõe de salas de estudo e nele e oferece a possibilidade de rezar na capela, conviver com amigos, descansar no terraço e ainda participar em atividades.
Às quartas-feiras, o Centro Universitário Manuel da Nóbrega é palco de serões temáticos e serões de oração e ainda a Eucaristia para os universitários, que é sempre muito participada.
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