Publicação aborda recente carta do Papa Francisco sobre o papel da literatura na educação
Lisboa, 02 out 2024 (Ecclesia) – A edição do mês de outubro Revista ‘Brotéria’, da Companhia de Jesus (Jesuítas), que já se encontra disponível na área pessoal do leitor no site da publicação, apresenta um elogio da leitura, pelo padre jesuíta António Júlio Trigueiros.
Na nota enviada à Agência ECCLESIA, a revista Brotéria assinala a mutação que atravessou em 1925, quando criou o segmento cultural, estabelecendo desde “verdadeiras redes de relação entre autores, recensores e leitores, procurando despertar um desejo de ler”.
“Não deixa de ser interessante que precisamente quando se assinalam cem anos dessa viragem decisiva e da atenção que os assuntos literários passaram a ocupar na revista, o Papa Francisco tenha publicado recentemente uma carta intitulada ‘Carta do Santo Padre Francisco sobre o papel da literatura na Educação’, uma verdadeira apologia do prazer de ler”, salienta.
A publicação destaca que na carta pontifícia, num estilo fluído e coloquial, o Papa faz um verdadeiro elogio da fruição da literatura como fonte de inspiração, e, “numa linha contracorrente à tentação que assalta as novas gerações de não desviar o olhar dos écrans”, Francisco advoga a importância da leitura lenta, meditada, mastigada, digerida, podendo assumir um forte poder espiritual e pastoral”.
“Se a função das recensões críticas da Brotéria é cultivar nos leitores o desejo por ler as obras alvo da sua atenção, esperamos despertar nos nossos leitores o interesse pela leitura desta carta de Francisco a que podemos muito bem chamar ‘o elogio da leitura’”, convida a revista.
Da edição de outubro faz também parte o artigo “Ver mais para ver pior”, de Eduardo Jorge Madureira Lopes, colaborador assíduo da Brotéria, que olha para o fluxo informativo durante o verão.
Andrea Grillo, teólogo e liturgista italiano, escreve um ensaio sobre “As mulheres e o ministério ordenado” e Luísa Soares Oliveira publica um artigo intitulado “Em Veneza, dentro de uma prisão”, a propósito do pavilhão da Santa Sé na Bienal de Veneza, comissariado pelo cardeal José Tolentino de Mendonça.
Ainda nesta edição, Patrice Sarte reflete sobre a “Utilidade da força”, cuja noção, na sua forma militar, reaparece hoje, numa Europa que se vê apanhada por conflitos inesperados e por tensões geoestratégicas crescentes e Pedro Beirão analisa a obra “Pequeno-Almoço à Beira do Apocalipse, de Wladimir Kaminer.
Em outubro, a revista Brotéria inclui também um texto de Ana Rita Bessa sobre “Uma Apologia da Esperança”, em que parte de uma experiência pessoal de participação política, pretendendo partilhar algumas reflexões decorrentes dessa vivência e suscitar questões sobre a forma como, hoje, a sociedade se coloca perante esta dimensão.
O padre António Ferreira Silva aborda as “Regras para se ordenar no cuidado da saúde” na publicação que propões também o caderno cultural.
A revista Brotéria é publicada mensalmente desde 1902 pelos jesuítas portugueses e consiste numa publicação cultural de inspiração cristã.
Após 120 anos, a Brotéria já não é apenas uma revista, integrando um projeto multidisciplinar do centro cultural no Bairro Alto.
LJ
