Jesuítas contribuíram para a evolução da ciência

Apesar do mito anti-progresso O Marquês de Pombal quando expulsou os jesuítas quis dar a ideia, “através da sua propaganda”, que a Companhia de Jesus nada fez de bem em Portugal e muito menos para a evolução da ciência. “Isto não é verdade. Antes pelo contrário” – realçou à Agência ECCLESIA o historiador Eduardo Franco, um dos coordenadores do curso promovido pela Faculdade de Teologia da UCP em parceria com a Revista Brotéria (publicação da Companhia de Jesus), na evocação dos 20 anos da morte do Pe. Manuel Antunes. Das quatros sessões programadas – 5, 12, 19 e 26 de Abril – já se realizaram duas: “A Fundação da Companhia de Jesus no catolicismo dos inícios da Modernidade” e “Os Jesuítas na Ciência”. Na primeira – sublinhou Eduardo Franco – colocou-se em destaque “os exercícios espirituais que é o grande texto base da espiritualidade Inaciana”. Por sua vez – na segunda sessão – “Henrique Leitão colocou em evidência o contributo que os Jesuítas deram no campo da investigação científica em Portugal. Referiu que existia uma escola de ensino da ciência em Portugal – no Colégio de Santo Antão – que por ano era frequentada por mais de 1500 alunos. Foi a grande estância de formação e preparação de técnicos e cientistas” – acentuou Eduardo Franco. A Companhia de Jesus apoiou e ajudou na “consolidação do império português e também no campo da evangelização na China onde a ciência era muito importante”. Os jesuítas, através dos seus contactos internacionais, “conseguiam fazer uma actualização e divulgação da ciência”. E exemplifica: “quando Galileu inventou o seu telescópio, no ano seguinte já estava em Portugal e dois anos depois no Japão. Esta divulgação deve-se aos Jesuítas”. Criou-se o mito do anti-progresso associado aos jesuítas mas “as novas investigações prova-se o contrário” – finaliza Eduardo Franco.

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