Jerusalém: Patriarca denuncia falta de liberdade e martírio dos cristãos na Terra Santa

«Somos prisioneiros do ódio, da desconfiança e do medo», denunciou D. Fouad Twal

Jerusalém, 05 abr 2012 (Ecclesia) – O Patriarca latino de Jerusalém (Igreja Católica) denunciou hoje nesta cidade a precariedade da situação dos cristãos na terra natal de Jesus, ao iniciar as celebrações das festas pascais.

“Sonhamos levar uma vida normal, mas somos prisioneiros do ódio, da desconfiança e do medo de uns em relação aos outros”, assinalou o bispo jordano D. Fouad Twal, na Basílica do Santo Sepulcro, onde presidiu à celebração da Ceia do Senhor, seguida de uma procissão eucarística.

Na celebração participaram vários bispos, mais de centena e meia de padres de todo o mundo, incluindo portugueses, fiéis de vários países e cristãos árabes locais.

“Para nós que vivemos sobre esta Terra Santa, Cristo continua a sofrer nos membros do seu corpo místico: nós, que somos confrontados em cada dia com a falta de liberdade e paz, com o vexame, os sofrimentos e mesmo o martírio”, disse o Patriarca Twal, principal figura da hierarquia católica da região.

O Patriarcado Latino de Jerusalém engloba a própria Cidade Santa, os Territórios Palestinos, Israel, Jordânia e Chipre.

D. Fouad Twal considera que as condições de vida dos cristãos ferem o “mais profundo” da sua alma.

“Temos tanta fome e sede de justiça e de paz”, revelou.

Esta missa foi acompanhada pelo sacerdote português José Nuno Silva, que está a relatar para a Agência ECCLESIA a Semana Santa em Jerusalém, em crónicas que podem ser seguidas no blogue http://aquelesdiasaqui.ecclesia.pt.

OC

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Agência ECCLESIA

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