Missionário recorda momentos de pânico um dia depois da tragédia
Lisboa, 12 Mar (Ecclesia) – Padre Olmes Milani, missionário scalabriniano a residir em Tóquio, relata momentos de pânico geral após o terramoto no Japão, em comunicado enviado à Agência ECCLESIA.
Um dia após a tragédia o padre brasileiro, Olmes Milani, recorda o momento em que saiu do seu escritório para vir para a rua nos momentos de maior intensidade sísmica.
“Uma espécie de pânico apodera-se de mim, cada vez que um objeto se mexe, estremeço. É que a experiência foi terrível,” relata o comunicado.
O pânico ainda é generalizado e hoje as pessoas acorriam aos supermercados para se abastecer com medo de réplicas e de novos sismos.
Padre Olmes acrescenta ainda que “há réplicas que podem ser sentidas 28 horas depois.”
“Desta vez Tóquio, o maior centro urbano do mundo, praticamente parou. Ferrovias, rodovias e muitos aeroportos pararam. Muitos comboios e autocarros estão degradados. Milhares de pessoas dormiram em abrigos, estações e locais de trabalho”, acrescenta o comunicado.
No comunicado enviado à Agência ECCLESIA este missionário esclarece que não houve feridos na comunidade e agradece a oração de todos.
“Que o Deus de todos os povos dê força e esperança aos sobreviventes e acolha na sua paz quem não terá mais medo desses fenómenos,” termina.
Ao sismo de magnitude 8,9 na escala de Richter, seguiu-se um tsunami com dez metros e várias réplicas do sismo, 179 quilómetros a leste de Sendai, na ilha de Honshu, e 382 quilómetros a nordeste de Tóquio.
Segundo um balanço provisório, feito hoje, estima-se que o sismo provocou 703 mortos.
O Japão declarou estado de emergência e várias equipas de socorro provenientes de 45 países estão prontas para intervir.
SN