Francisco vai visitar ilha do Mediterrâneo para rezar pelos imigrantes e evocar os que morreram no mar
Cidade do Vaticano, 03 jul 2013 (Ecclesia) – O padre Stefano Nastase, pároco de Lampedusa, ilha no sul de Itália, revelou à Rádio Vaticano que tinha convidado o Papa a visitar a “a dura e triste realidade” desta comunidade, logo após a sua eleição pontifícia.
O sacerdote da ilha mediterrânica, situada a menos de 115 quilómetros da costa da Tunísia, desafiou então Francisco, filho de migrantes, a “tocar com a mão a realidade dolorosa vivida em Lampedusa e compartilhar do sofrimento de tantos imigrantes, que arriscam sua vida”.
O Papa decidiu que a sua primeira viagem fora da Diocese de Roma vai ter como destino, na próxima segunda-feira, a ilha italiana.
O pároco local espera “grande simplicidade” e relembra que Francisco pediu sobriedade na sua visita.
“Não imaginava que a resposta do Papa fosse tão imediata e que a sua primeira visita fosse precisamente à paróquia de Lampedusa. A sua visita servirá para dar força e esperança aos habitantes, que precisam acreditar que a caridade ainda existe”, acrescenta.
Para além da comunidade local, o Papa vai encontrar-se, também, com uma delegação de imigrantes.
Na carta-convite, o padre Stefano Nastase descreveu a ilha como “um pequeno oásis de esperança, uma porta de piedade para os migrantes em fuga de situações de pobreza, de miséria ou de conflitos, em busca de liberdade e de uma vida melhor”.
Segundo o Vaticano, Francisco ficou “profundamente tocado pelo recente naufrágio de uma embarcação que transportava imigrantes provenientes de África”.
O Papa deve chegar à ilha pouco depois das 09h00 locais (menos uma em Lisboa) e vai seguir de barco até ao porto local, lançando ao mar uma coroa de flores em memória dos que perderam a vida no mar.
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