Organização do encontro mundial diz que custos são de 10 milhões de euros, com retorno de 56 milhões
Milão, Itália, 02 jun 2012 (Ecclesia) – O porta-voz do Vaticano revelou hoje que Bento XVI está muito “satisfeito e sensibilizado” com a receção que teve em Milão, norte da Itália, onde se encontra desde sexta-feira para encerrar o 7.º Encontro Mundial das Famílias.
“Estavam 150 mil pessoas nas estradas, 60 mil na praça da Catedral e 80 mil hoje no Estádio de San Siro, são números que impõem respeito e que significam mito empenho da parte de todos”, disse o padre Federico Lombardi, em conferência de imprensa.
A Diocese de Milão adiantou que a organização do evento custou 10,5 milhões de euros, mas revelou que são esperadas receitas na ordem dos 56 milhões.
Os dados baseiam-se num estudo realizado por Luigi Campiglio, professor da Universidade Católica da cidade italiana.
O padre Lombardi, citado pela edição eletrónica da ‘Família Cristã’, revelou que se encontram em Milão delegações de “153 países, 50 cardeais e 300 bispos”, destacando o momento cultural de sexta-feira à noite, no Teatro Scala.
“No início, achei que não seria uma ideia muito boa, mas depois vi que sim. O Papa ficou muito satisfeito com o encontro entre o Milão laico e católico, pois foi o sentir de uma comunidade muito ampla”, referiu.
Segundo o diretor da sala de imprensa da Santa Sé, “o facto de ter havido um terramoto tão recente” no nordeste da Itália “ajudou a dar um sentido extra de espiritualidade e solidariedade a este momento”.
No que diz respeito ao evento com os jovens no estádio Giuseppe Meazza, em San Siro, o porta-voz da Santa Sé afirmou que “Bento XVI está muito contente, pois não se recorda de ter tido um evento juvenil desta dimensão e organização nos últimos tempos”.
O padre Lombardi concluiu dizendo que o Papa está bem de saúde, apesar da sobrecarga de eventos.
A sala de imprensa da Santa Sé adiantou, ao início da tarde, que Bento XVI se encontrou, após o almoço, com o cardeal Carlo Maria Martini, arcebispo emérito da Diocese de Milão.
“É um momento muito difícil para a Igreja”, disse o cardeal Martini, para quem “os momentos difíceis podem gerar ocasiões”.
OC