Itália: Papa encerrou visita a Turim

Francisco encontrou-se com refugiados antes do regresso ao Vaticano

Turim, Itália, 22 jun 2015 (Ecclesia) – O Papa Francisco encerrou hoje a sua visita de dois dias a Turim, norte da Itália, após ter agradecido aos organizadores e à Comissão da Ostensão (exposição pública) do Santo Sudário, encontrando-se ainda com um grupo de refugiados.

A viagem incluiu um momento de oração silenciosa diante do Sudário, na catedral da cidade italiana, este domingo.

Francisco disse que este é um “ícone” do amor de Jesus, que continua a atrair “muitas pessoas” para ali o venerarem, remetendo para “o rosto e o corpo martirizado” de Cristo.

“Ao mesmo tempo, [o Sudário] leva-nos para o rosto de cada pessoa que sofre e é injustamente perseguida, impele-nos na mesma direção do dom de amor de Jesus”, observou.

O Papa apresentou-se como “neto” da “terra abençoada” do Piemonte, de onde eram originários os seus avós e pais que imigraram para a Argentina.

Francisco almoçou hoje em privado com seis primos e suas famílias, num total de 30 pessoas, neste “regresso a casa” em que visitou, de surpresa, a igreja de Santa Teresa, na qual se casaram os seus avós paternos, Giovanni Bergoglio e Rosa Vassallo, em 1907, e onde foi batizado o seu pai Mario, no ano seguinte.

A visita a Turim decorreu no bicentenário do nascimento de São João Bosco (1815-1888), fundador da Sociedade de São Francisco de Sales, os Salesianos, família religiosa vocacionada para a educação de jovens órfãos e necessitados.

Numa cidade marcada pela crise, o Papa renovou as suas críticas a uma economia centrada no mercado e convidou ao respeito pelos imigrantes, vítimas da falta de equidade de um sistema que “descarta” e das guerras.

“No sistema económico mundial não estão o homem e a mulher no centro, como Deus quer, mas antes o deus dinheiro. E tudo se faz por dinheiro”, alertou mais tarde, num encontro com cerca de 90 mil jovens.

O programa oficial da visita concluiu-se esta manhã, na Igreja Valdense em Turim, onde Francisco se tornou o primeiro pontífice a entrar num templo desta denominação cristã nascida no século XII e pediu “perdão” pelos confrontos do passado.

OC

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