Francisco cumpriu tradição no dia da solenidade litúrgica da Assunção de Maria com milhares de pessoas em Castel Gandolfo
Castel Gandolfo, Itália, 15 ago 2013 (Ecclesia) – O Papa celebrou hoje a solenidade litúrgica da Assunção de Maria com milhares de pessoas, na localidade italiana de Castel Gandolfo, apresentando a mãe de Jesus como “sinal de esperança segura” na luta contra o mal.
“Isto (a Assunção de Maria) não significa que esteja longe, que esteja separada de nós, pelo contrário, Maria acompanha-nos, luta connosco, apoia os cristãos no combate contra a força do mal”, declarou, na homilia da missa que decorreu na Praça da Liberdade, diante da residência pontifícia, perante peregrinos de vários países, incluindo vários argentinos e um grupo de chineses.
A intervenção de Francisco partiu de três palavras-chave, “luta, ressurreição, esperança”.
Segundo o Papa, a Igreja vive “continuamente as provas e os desafios que comporta o conflito entre Deus e o maligno”, numa luta que não enfrenta sozinha.
“A mãe de Cristo e da Igreja está sempre connosco. Sempre, caminha connosco, está connosco”, prosseguiu.
Francisco convidou à recitação do rosário e brincou com os presentes: “Vós rezais o terço todos os dias? Bem, não sei… de certeza?”.
O Papa disse ainda que a fé cristã se baseia numa “verdade fundamental”, que é a ressurreição de Jesus e que Maria passou pelo “martírio do seu coração” ao ver o sofrimento de Cristo na cruz.
“Esteve plenamente unida a Ele na morte e, por isso, foi-lhe dado o dom da ressurreição”, observou.
Em conclusão, Francisco apresentou uma reflexão sobre a esperança perante a “luta quotidiana entre a vida e a morte, entre o bem e o mal”, como fizeram muitos “santos e santas”, conhecidos ou desconhecidos – “mães, pais, catequistas, missionários, padres, irmãs, jovens, também crianças, avós”.
“Onde há cruz, para nós cristãos há esperança, sempre. Se não há esperança, nós não somos cristãos, por isso apraz-me dizer: não deixeis que vos roubem a esperança”, observou.
Francisco cumpriu a tradição papal de celebrar a solenidade litúrgica da Assunção de Maria em Castel Gandolfo, tendo deixado o Vaticano pelas 09h00 locais (menos uma hora em Lisboa), começando por visitar o mosteiro de clausura das religiosas Clarissas, durante cerca de 45 minutos.
Às 10h30, na Praça da Liberdade, presidiu à Missa e ao Angelus, almoçando em seguida na residência pontifícia da localidade italiana, antes de visitar em privado a igreja de S. Tomás de Vilanova.
OC