Lisboa, 02 fev 2012 (Ecclesia) – Cerca de quinhentos conventos de clausura espalhados por toda a Itália estão neste momento envolvidos numa campanha de oração pelos cristãos perseguidos na China, promovida por dois missionários do Instituto Pontifício das Missões Exteriores.
De acordo com informações publicadas hoje na página de Internet da Fundação Ajuda a Igreja que Sofre (AIS), organismo católico que apoia cristãos de todo o mundo, a iniciativa é da responsabilidade dos padres Angelo Lazzarotto e Piero Gheddo.
A campanha surge numa altura em que “se está a viver um momento especial de tensão, na relação entre os cristãos e o poder de Pequim”, que tem imposto ordenações episcopais sem o consentimento da Santa Sé, através da Associação Patriótica Católica.
Num texto enviado a todos os conventos que estão a participar na corrente de oração, o padre Piero Gheddo considera que a China “atravessa o momento mais difícil e decisivo da sua história recente”.
O sacerdote fala no “perigo” daquela nação “cair num cisma, palavra que lembra outros momentos dramáticos e tristes na história milenar da Igreja de Cristo”.
A atuação da APC, criada em 1957 para evitar “interferências estrangeiras”, em especial da Santa Sé, e para assegurar que os católicos vivem em conformidade com as políticas do Estado – o que inclui o controlo de Pequim sobre a nomeação de bispos – tem deixado na clandestinidade os fiéis que reconhecem a autoridade do Papa.
Para o padre Angelo Lazzarotto, só um “verdadeiro milagre” é que poderá fazer com que Vaticano e Pequim cheguem a um “acordo válido e duradouro”.
“Precisamos de uma cruzada de oração, sabendo que nada é impossível para Deus”, salienta o sacerdote italiano, que de acordo com a AIS, já esteve em missão na região de Hong Kong e tem um profundo conhecimento acerca da realidade católica chinesa.
AIS/JCP
