O Arcebispo de Nápoles, Cardeal Crescenzio Sepe, declarou-se inocente das suspeitas de corrupção agravada que recaem sobre si.
“Agi sempre com a maior transparência”, afirmou o Cardeal, em Nápoles, sobre a sua gestão, de 2001 a 2006, na Congregação para a Evangelização dos Povos.
Numa declaração pública, D. Crescenzio Sepe disse ter agido sempre com orçamentos “aprovados pela Secretaria de Estado” do Vaticano, a qual, assinalou, “elogiou inclusivamente o meu trabalho, numa carta”.
Segundo o advogado do Cardeal italiano, Bruno Von Arx, “não há nada de significativo criminalmente” na administração do cardeal, que Bento XVI nomeou Arcebispo de Nápoles em 2006.
O Cardeal Sepe anunciou que colaborará com a justiça italiana, pelo que será ainda ouvido pelo Ministério Público de Perugia.
O antigo membro da Cúria Romana disse também ter agido sempre tendo como “único objectivo o bem da Igreja”.
Em declarações à Rádio Vaticano, o Pe. Federico Lombardi, director da sala de imprensa da Santa Sé, confirmou a intenção de colaboração para esclarecer “plena e rapidamente” esta situação.
Segundo os magistrados de Perugia, o Cardeal Sepe teria participado em negócios ilícitos com o ministro dos Transportes do anterior Governo de Berlusconi, Pietro Lunardi, que também está a ser investigado.