Cidade do Vaticano, 16 Mar (Ecclesia) – Bento XVI enviou hoje uma mensagem ao presidente italiano, Giorgio Napolitano, assinalando os 150 anos da unificação da Itália e o contributo dos católicos nesse processo.
No documento, divulgado pela sala de imprensa da Santa Sé, o Papa destaca “o empenho muito significativo dos católicos italianos na política, nas actividades sindicais, nas instituições públicas, nas realidades económicas, nas expressões da sociedade civil, oferecendo, assim, uma contribuição relevante ao crescimento do país”.
Aos católicos coube ainda, segundo Bento XVI, um papel central na construção da Carta Constitucional, pois “o texto foi o positivo fruto de um encontro e de uma colaboração entre diversas tradições de pensamento”.
A mensagem foi entregue pessoalmente a Napolitano pelo cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de Estado do Vaticano.
No texto, o Papa lembra o ex-primeiro-ministro Aldo Moro e o jurista Vittorio Bachelet, assassinados pelas Brigadas Vermelhas (organização política terrorista da extrema-esquerda italiana, activa durante os anos 70 e o início da década de 80 do século passado).
“Durante os dolorosos e obscuros anos do terrorismo, os católicos deram o seu testemunho de sangue”, pode ler-se.
Bento XVI considera que o processo de unificação nacional “não é fruto de uma justaposição artificial de identidades diversas”, mas sim, o êxito “natural” de uma “identidade nacional forte e radicada”.
Os 150 anos da unificação italiana são celebrados nesta quinta-feira.
OC
