O Governo de Israel quer emitir certificados de peregrinação para os turistas cristãos, de modo a desenvolver o turismo na Terra Santa. “Trata-se de oferecer às visitas cristãs a Jerusalém uma visibilidade semelhante à da peregrinação muçulmana a Meca”, refere o jornal israelita Haaretz. A interpretação securitária que poderia ser dada a esta medida, no contexto do conflito israelo-palestiniano. O novo ministro do turismo de Israel, Gideon Ezra, pretende começar as suas funções com esta iniciativa, que se insere na nova distribuição de tarefas no governo do país. De facto, o desenvolvimento dos lugares santos foi agora atribuído a este ministério e não ao ministério dos Cultos. Segundo o projecto, os peregrinos cristãos que visitem lugares como a Via Dolorosa, a Igreja do Santo Sepulcro, Nazaré e Belém receberão um certificado que atesta a sua peregrinação. A ideia subjacente, segundo o ministério do turismo, é que “os peregrinos cristãos continuem a visitar os lugares santos no futuro”. A Terra Santa depende do turismo, mas este baixou significativamente por causa dos receios de atentados terroristas. Muitos peregrinos têm cancelado a sua viagem na sequência de actos semelhantes, sobretudo desde o ano 2000.
