Declaração conjunta condena atos terroristas e alerta para crise em Gaza
Belgrado, 08 nov 2023 (Ecclesia) – O Conselho das Conferências Episcopais Europeias (CCEE), da Igreja Católica, e a Conferência Europeia das Igrejas (CEC) lançaram hoje um apelo conjunto pelo fim da guerra que atinge os territórios de Israel e da Palestina.
“Apelamos aos líderes políticos de todas as partes para que exerçam a sua responsabilidade de assegurar um cessar-fogo em todas as frentes”, refere a nota, enviada à Agência ECCLESIA.
A posição foi assumida após a reunião do Comité Misto CCEE-CEC, que decorreu entre domingo e terça-feira, em Belgrado.
Os responsáveis cristãos condenam “a violência e a crueldade dos terroristas do Hamas”, na sequência dos ataques do último dia 7 de outubro.
“Expressamos a nossa profunda compaixão por aqueles que morreram, por aqueles que ficaram feridos, por aqueles que perderam entes queridos, e dirigimos os nossos pensamentos aos reféns e às suas famílias”, pode ler-se.
A nota alude ao “contexto histórico do colonialismo, do antissemitismo e da islamofobia”, que conduziu à situação atual, sublinhando o “imenso sofrimento de ambos os lados deste conflito”.
Entristece-nos profundamente a destruição de lugares sagrados que são tradicionalmente vistos como locais de refúgio. Somos solidários com aqueles que, em Israel e na Palestina, trabalham para promover a paz e afirmamos que a violência não pode ser uma forma de defender uma causa. A destruição da vida não promove a liberdade, a verdade ou a justiça”.
O CCEE e a CEC defendem que os terroristas sejam “levados à justiça” e que sejam abertos “corredores humanitários” para o povo de Gaza.
“Apelamos a toda a comunidade internacional para que se mobilize e defenda o direito internacional, em particular as resoluções da ONU, com o objetivo de abrir negociações sérias para criar uma paz duradoura, na verdade e na justiça”, indicam.
Os líderes cristãos convidam os membros das suas comunidades a “rezar por todos os que sofrem” e por “aqueles que exercem autoridade sobre as nações”, para que “se empenhem num diálogo genuíno que defenda a dignidade humana de todos e torne possível a coexistência pacífica de dois povos em dois Estados”.
OC