Israel e Vaticano conversam sobre trégua no Médio Oriente

A decisão de conceder uma trégua humanitária de 48 horas esteve no centro de uma conversa telefónica entre a ministra israelita dos Negócios Estrangeiros, Tzipi Livni, e o Arcebispo Giovanni Lajolo, secretário do Vaticano para as relações com os Estados. A Rádio Vaticano informou hoje que a conversa aconteceu ontem, com o objectivo de pedir um “final imediato das hostilidades”. Por outro lado, a Santa Sé tem intensificado o seu empenho no campo humanitário, através da Cáritas e do Conselho Pontifício “Cor Unum”. D. Giovanni Pietro Dal Toso, subsecretário deste Dicastério, referiu que há grandes dificuldades para responder às necessidades de “pelo menos 700 mil pessoas em movimento”. Ontem, durante a recitação do Angelus, Bento XVI mostrou-se preocupado com a situação no Líbano e renovou o pedido de um cessar-fogo e de envio de ajudas humanitárias à população. “Em nome de Deus dirijo-me a todos os responsáveis desta espiral de violência para que as armas sejam imediatamente depostas por todas as partes”, disse o Papa antes da oração dominical, celebrada em Castel Gandolfo. “Peço aos governantes e às instituições internacionais para não pouparem esforços para obter o necessário fim das hostilidades e assim ser possível construir, através do diálogo, uma coabitação estável e duradoura entre todos os povos do Médio Oriente”, acrescentou. Este apelo de Bento XVI foi lançado algumas horas após os mortíferos bombardeamentos israelitas em Caná, no sul do Líbano, onde foram mortos dezenas de civis.

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