ISCRA: Uma escola para servir as pessoas e as comunidades

Direcção, Conselho Científico e Conselho Administrativo do Instituto Superior de Ciências Religiosas de Aveiro (ISCRA) tomaram posse a 9 de Setembro. O Pe. Querubim Silva sucede à Ir. Deolinda Serralheiro como director da escola da Diocese. A Direcção para o triénio 2008-2011 é ainda constituída por Ir. Rosa Machado e Luís Silva. O Conselho Científico é presidido por Jorge Arroteia, enquanto o Conselho Administrativo tem como presidente Joaquim Marques. Na cerimónia de tomada de posse, que decorreu no Seminário de Santa Joana, onde tem sede o ISCRA, D. António Francisco manifestou agradecimento à direcção cessante e “gratidão e confiança” aos membros dos novos órgãos. “Sei que não lhes peço trabalho fácil, é delicada a missão”, disse. O Bispo de Aveiro, que é também presidente do ISCRA, afirmou que a reestruturação dos órgãos directivos sucede após “judiciosas e oportunas reflexões que ajudaram a compreender quanto ao ISCRA se deve e a ele se pede”. Sugestões e propostas do Bispo de Aveiro Num discurso seguido com muita atenção pelos membros dos órgãos directivos, pelos funcionários e por alguns professores, D. António Francisco concretizou dez “propostas e orientações” para a escola de teologia e ciências religiosas da Diocese. Referiu, em primeiro lugar, que “os alunos são a razão de ser” da escola, “são os melhores mensageiros”, pelo que é necessário estar “atento às suas expectativas e propostas”. Lembrou, por outro lado, que a escola nasceu, há 19 anos, da “urgência pastoral de formar pessoas e comunidades”. Por isso, “cumpre-nos ir às fontes de onde nasce o carisma inspirador”. Na mesma linha, salientou que o ISCRA “é uma instituição diocesana, não apenas por ter Aveiro no nome”, e preconizou diálogo e abertura entre a escola e outras instituições da Diocese. O ISCRA deve “olhar, amar e servir” a Diocese, tal como esta (organismos, paróquias, pessoas…) deve ter atitudes recíprocas. No capítulo das relações institucionais, o Bispo de Aveiro recordou que o ISCRA está ligado a uma escola de Madrid (“continuaremos o caminho feito, consolidando-o”), que é necessário reatar o caminho de reconhecimento público no quadro do ensino superior português e que é importante “merecer e solicitar” a aprovação da Conferência Episcopal Portuguesa. Só a partir desse reconhecimento será possível a homologação do instituto pelos organismos do Vaticano – algo que dará uma credibilidade acrescida ao ISCRA. Sublinhou ainda a “acção colaborante e fraterna”, necessária, com a Universidade Católica Portuguesa (aspecto igualmente sublinhado nas breves palavras do presidente do Conselho Pedagógico). D. António Francisco revelou ainda que estão a ser preparados novos estatutos e pediu “capacidade criativa” para que as dificuldades financeiras não cerceiem a actividade da escola e notou que os antigos alunos podem ser protagonistas da divulgação do instituto (“se existiu para eles, contribuam para que exista para outros”). Numa última nota, o Bispo de Aveiro manifestou o desejo de que a biblioteca do ISCRA venha a estar “aberta do Seminário, aos padres, à cidade e à Diocese” e exortou à colaboração com as outras instituições, nomeadamente a Universidade de Aveiro (UA), ainda que o instituto seja pequeno em relação ao “número de alunos, possibilidades e prestígio” da UA. O Pe. Querubim Silva, falando novamente como director do ISCRA (já o fora nos primeiros anos do Instituto), agradeceu aos outros membros da direcção por terem aceitado o convite e assumiu as sugestões de D. António Francisco. Para o futuro da escola, prometeu “sonhar com ambição”, “desenhar com realismo” e “construir com humildade”. [Dando] “passos que não sejam altos no abismo, procuraremos caminhos que enriqueçam o ISCRA”, afirmou. A Ir. Deolinda Serralheiro, que durante os últimos nove anos esteve à frente dos destinos do ISCRA, deixará a Diocese de Aveiro no final de Outubro para assumir novos trabalhos na Casa Geral das Servas de Nossa Senhora de Fátima (SNSF), em Lisboa. Espera-a a redacção de documentos oficiais das SNSF e a supervisão de uma escola que a congregação está a implementar na Guiné-Bissau. Continuará, no entanto, ligada ao ISCRA como membro do Conselho Científico e no acompanhamento de teses de licenciatura. Na sessão, usando da palavra, afirmou: “Senti que Deus muito me ajudou na direcção desta instituição que muito amo”.

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