Na próxima semana vai ser concretizada a geminação entre a Província Portuguesa da Ordem de S. João de Deus e a Casa da Ordem em Nampula. Para isso partem hoje para Moçambique o Irmão Provincial, o Delegado Geral que abrange aquele país e o Conselheiro Geral da Região da África. A Província Portuguesa, mesmo após a criação de a Delegação Geral de África em que a Ordem em Moçambique se integrou, tem continuado a dar muito apoio económico, de pessoal e voluntariado aos projectos de Nampula que vivem ainda de outras ajudas internacionais. Desde a morte do Irmão Padre Manuel Nogueira que deu trinta anos da sua vida abnegada e mártir a estas obras, não foi ainda possível enviar algum Irmão português para esta missão. Desde 1943 que a Ordem Hospitaleira de S. João de Deus, mantêm actividades em Moçambique. Foi a Província Portuguesa a primeira na Ordem a iniciar obras missionárias na África para assistir doentes mentais e leprosos. De 1967 a 1975 trabalhou também em Angola onde deixou um hospital de doentes mentais a acabar de ser construído de raiz. Ainda não chegou o momento de regressar. O encontro desta semana em Nampula destina-se também a estudar outros projectos para esta parcela da Ordem em Moçambique. Hoje há obras da Ordem em 12 países africanos com um noviciado internacional em Dahomé com dezoito noviços , dois dos quais de Moçambique. Em Moçambique, onde há actualmente 14 irmãos, dos quais um Irmão médico psiquiatra espanhol, a Ordem trabalha numa clínica de psiquiatria em Nampula de cinquenta camas, construída com ajudas internacionais e inaugurada em 2004 . Esta actividade continua a que foi ali iniciada nos anos 60 do século passado com clínica modelar de cerca de 150 doentes. Os Irmãos mantinham ainda três leprosarias no norte do país e outro hospital psiquiátrico junto da capital. A Ordem em Moçambique continua a viver de apoios externos para a formação e um dos problemas com que se debate sãos os apoios para formação. Basta dizer que além dos dois noviços, os sete Irmãos escolásticos estão todos a seguir cursos de formação técnica, humanista e religiosa. As ajudas são bem vindas para que a Hospitalidade de S. João de Deus não se apague na terra africana onde pela primeira vez a Ordem Hospitaleira esteve activa, na Ilha de Moçambique, desde 1681 a 1834.