Irmã Lúcia: Inquérito diocesano para a canonização chega ao fim com mais de 15 mil páginas e 61 testemunhos

Sessão de clausura encheu por completo igreja do Carmelo de Coimbra

Coimbra, 13 fev 2017 (Ecclesia) – A igreja do Carmelo de Coimbra encheu-se hoje para a sessão solene de clausura do inquérito diocesano para a canonização da Irmã Lúcia (1907-2005), vidente de Fátima, 12 anos após a sua morte.

O processo implicou a análise de milhares de cartas e textos, além da auscultação de 61 testemunhas, resultando em mais de 15 páginas de documentação que segue agora para a Congregação das Causas dos Santos (Santa Sé).

A cerimónia de encerramento foi presidida pelo bispo de Coimbra, D. Virgílio Antunes, na presença dos responsáveis da causa de canonização, do Santuário de Fátima e do Carmelo de Santa Teresa, onde a irmã Lúcia residiu durante décadas.

Esta fase do processo de canonização da vidente de Fátima reuniu todos os escritos da Irmã Lúcia, os depoimentos das testemunhas ouvidas acerca da sua fama de santidade e das suas virtudes heroicas, passando agora para a competência direta da Santa Sé e do Papa.

A sessão incluiu uma série de juramentos dos responsáveis envolvidos no processo, bem como a assinatura de decretos e atas, posteriormente selados e lacrados.

Após a sessão de clausura, todo o material recolhido vai ser entregue na Congregação das Causas dos Santos (Santa Sé) pelo postulador da causa, o padre italiano Romano Gambalunga, carmelita.

D. Virgílio Antunes falou num dia “histórico” para a Diocese de Coimbra, elogiando o empenho de todos os que contribuíram para um processo que visou chegar à “certeza moral” da santidade da Irmã Lúcia.

O bispo de Coimbra espera que “tudo avance com segurança” e a “bom ritmo” e deseja que a conclusão do processo seja “tão breve quanto possível.

“Que do céu venham sinais para confirmar o que se tem vindo a fazer cá em baixo na terra”, afirmou D. Virgílio Antunes à Agência ECCLESIA.

Para o bispo de Coimbra, a clausura da fase diocesana do processo de canonização da Irmã Lúcia é “um dia de festa” pelo “trabalho longo” que foi realizado e pelas “expectativas, esperanças e o olhar” de muitas pessoas que “está posto na Irmã Lúcia, em Fátima e na Igreja”.

Na homilia da Missa a que presidiu, após a sessão de encerramento da fase diocesana do processo de canonização, o prelado referiu que "ao dar às suas notas pessoais o título 'O Meu Caminho', a Irmã Lúcia manifesta o seu desejo de fazer de toda a sua vida um seguimento fiel de Cristo como discípula, e de permanecer na alegria do Evangelho como testemunha das misericórdias do Senhor, com Maria e a Igreja".

HM/PR/OC

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Agência ECCLESIA

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