Iraque: Fundação Ajuda a Igreja que Sofre relata drama de família cristã a quem retiraram filha de três anos

Aida e Jadder retratam sofrimento causado pelo Estado Islâmico

Lisboa, 22 abr 2015 (Ecclesia) – Uma delegação da Fundação Ajuda a Igreja que Sofre (AIS) com a diretora do organismo católico em Portugal, Catarina Martins, contactou recentemente com o drama das famílias cristãs vítimas do Estado Islâmico no Iraque.

Num texto que vai ser publicado esta quinta-feira na nova edição do Semanário ECCLESIA, a organização católica relata o caso de uma família de cristãos assírios em Qaraqosh a quem os jihadistas sequestraram “a filha mais nova, Cristina, de apenas três anos de idade”.

“Apesar dos rumores da guerra”, Aida e Jadder “viviam bem”, com os seus cinco filhos “até ao dia em que a cidade ficou à mercê” dos guerrilheiros do Estado Islâmico.

Forçados a abandonarem a sua casa para salvarem a vida, “empacotaram algumas coisas sempre na esperança que um dia iriam regressar”.

E foi então, já no caminho de saída da cidade, ao passarem por “uma barreira militar”, que “a vida de Aida parou”, a 22 de agosto de 2014.

Ao olhar para a sua filha mais nova, “um jihadista simplesmente arrancou-a dos seus braços”.

“De nada valeram os gritos, os protestos, as lágrimas já enrouquecidas. A menina ficava. Eles tinham de partir”, conta a AIS.

Atualmente, Aida e Jadder vivem “num centro comercial inacabado” com cerca de outras 500 famílias refugiadas.

Todos têm histórias trágicas. Mas ninguém arrepia tanto o nosso olhar como Aida. Ela está cadavérica e tem a fotografia de Cristina na parede, como se assim pudesse estar mais próxima da filha”, refere o texto.

PA/JCP

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