Iraque: Cristãos fogem dos ataques dos radicais islâmicos

Fundação pontifícia considera que a presença da Igreja no país está em causa

Lisboa, 15 jul 2014 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) advertiu que a conquista de Mossul e outras cidades e aldeias no Iraque, pelos radicais islâmicos, está “a revelar-se fatal para a comunidade cristã”.

“Os cristãos vão fugindo de cidade em cidade, de aldeia em aldeia, sabendo que, provavelmente, nunca mais poderão voltar a casa”, revela a organização pontifícia.

“Recebemos todos, sejam cristãos ou muçulmanos. É isso que nos ensina a nossa fé, ajudar a todos independentemente da sua religião”, disse D. Shimon Nona, arcebispo caldeu de Mossul que se refugiou em Tilkef, devido ao ataque dos jihadistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIS).

“A minha diocese já não existe, o ISIS tirou-ma”, acrescentou o prelado à AIS, que pede solidariedade para os cristãos no Iraque.

A AIS dá como exemplo do avanço dos jihadistas islâmicos a cidade de Qaraqosh, 30 quilómetros a sudoeste de Mossul, cuja história “remonta ao Antigo Testamento”: “Num par de horas, a cidade esvaziou-se”.

“Os cristãos estão a ser escorraçados de todos os lugares. Neste momento [Qaraqosh] é uma cidade fantasma, mas foi, até há dias, o lar de 40 mil pessoas, na sua maioria, cristãos”, acrescenta a fundação.

AIS/CB/OC

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Agência ECCLESIA

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