350 famílias cristãs voltaram às suas casas em Mossul, capital da província de Nínive O Comandante das operações militares da província iraquiana de Nínive, Riyad Jalai, exortou as famílias cristãs que fugiram de Mossul a “regressarem às suas casas, porque as condições de segurança melhoraram sensivelmente”. Durante uma conferência de imprensa, juntamente com o vice-primeiro-ministro Rafea Al-Wssawi, o general Jalai declarou que, nos últimos dias, 350 famílias cristãs voltaram às suas casas em Mossul, capital da província de Nínive, Norte do Iraque. Isso foi possível, afirmou, “graças a um enorme grupo de forças de segurança nas áreas onde se concentram os cristãos, em volta das suas residências e igrejas”. Segundo várias fontes, desde o fim do mês passado cerca de 2 mil famílias cristãs tinham abandonado Mossul, depois de uma série de actos de violência que causaram a morte a pelo menos 12 pessoas. A mais recente onda de violência, na terceira maior cidade do Iraque, levou à fuga de cinco mil pessoas. O governo de Bagdad enviou 900 polícias para a capital de Nínive e ordenou a detenção dos responsáveis pelos ataques. Situada 370 quilómetros a Norte de Bagdad, Mossul é uma das mais perigosas cidades do Iraque. Em Fevereiro passado, o Arcebispo caldeu da cidade, D. Faraj Rahho, foi raptado e encontrado morto algumas semanas mais tarde. A morte do Arcebispo Rahho foi o primeiro caso a atingir um membro do episcopado local. Em Junho de 2007, um padre e três diáconos foram assassinados em Mossul, capital da província de Nínive. Na mesma cidade, em Janeiro de 2005, fora sequestrado o arcebispo da comunidade siro-católica, D. Basile Georges Casmoussa. Segundo dados divulgados pela agência AsiaNews, do Pontifício Instituto das Missões Estrangeiras, entre 2003 e 2007 houve 172 assassinatos de cristãos iraquianos. A comunidade caldeia (a que congrega o maior número de católicos no país) reza na mesma língua que Jesus falava, o aramaico, e sobrevive há 2 mil anos sem nunca ter tido um rei ou um império cristão no território. Vivem no país antes dos tempos de Maomé e falam a língua local, mas a recente hostilidade de grupos muçulmanos armados desencadeada com a invasão norte-americana já reduziu o número de cristãos para cerca de metade. Departamento de Informação da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre