Arcebispo apela ao fim da violência, que atinge cristãos e muçulmanos
Lisboa, 02 ago 2011 (Ecclesia) – Pelo menos quinze pessoas ficaram feridas esta madrugada, duas delas em estado “grave” após a explosão de um carro armadilhado junto a uma igreja siro-católica, na cidade de Kirkuk, nordeste do Iraque.
De acordo com a agência France Press, a bomba explodiu às 05h30 locais (menos duas horas em Lisboa) perto da igreja da Sagrada Família, atingindo alguns funcionários e pessoas de habitações vizinhas, incluindo mulheres e crianças daquela localidade, situada a 240 quilómetros de Bagdad.
O padre Imad Hanna adiantou que “dois dos feridos se encontram em estado considerado grave” e que “todas as vítimas foram transportadas para os hospitais de Azadi e Kirkuk General”.
Nas horas seguintes ao atentado, vários fiéis reuniram-se dentro da igreja destruída para rezar pelas pessoas atingidas.
Em declarações à Rádio Vaticano, o arcebispo de Kirkuk, D. Louis Sako, referiu que a explosão destrui “várias casas” e deixou feridos entre “cristãos e muçulmanos”.
“É uma coisa muitíssimo feia”, lamenta, após ter visitado alguns feridos no hospital.
O ataque aconteceu no início do Ramadão, um “mês sagrado” para os muçulmanos, como lembra o prelado, considerando que “é pecado matar pessoas inocentes” e pedindo o fim das “bombas e explosões”.
“Esperemos que este seja o último ato de violência”, conclui.
A comunidade cristã de Kirkuk diminui em 80% desde 2003 e é hoje constituída por 10 mil pessoas, uma minoria entre os 600 mil habitantes da cidade.
JCP/OC