Lisboa, 19 set 2014 (Ecclesia) – O representante da Santa Sé no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, promoveu uma conferência sobre o Médio Oriente com os religiosos católicos e ortodoxos que apelaram à intervenção da comunidade internacional em defesa dos cristãos.
O arcebispo sírio-ortodoxo de Mossul alertou que as Nações Unidas devem reconhecer a perseguição aos cristãos no Iraque “como genocídio”, revela o comunicado enviado à Agência ECCLESIA pela Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).
"As Nações Unidas rapidamente condenaram o antissemitismo e gostaríamos de ver o mesmo quando os cristãos são perseguidos", disse Nicodemos Sharaf que pediu uma “verdadeira ajuda humanitária” porque “há cada vez mais pessoas em fuga”.
A conferência "Os cristãos no Médio Oriente: Cidadania, Direitos Humanos e seu futuro", foi organizada pela representação do Vaticano no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, e contou com a participação, entre outros, das delegações dos Estados Unidos, Grã-Bretanha, Polónia e Áustria, informa a AIS.
O presidente da Conferência Episcopal do Iraque alertou que precisam de “uma resolução das Nações Unidas que permita o regresso” dos refugiados e desafiou a comunidade internacional a criar uma zona protegida no norte do país.
O prelado, que apresentou seis medidas a serem tomadas, revelou que existem “cerca de 120 mil cristãos deslocados no Iraque” que precisam de tudo porque “os terroristas do Estado Islâmico têm-lhes tirado tudo”.
AIS/CB/OC