Iraque: Arcebispo de Mossul apela a intervenção «mais enérgica» da Comunidade Internacional

Lisboa, 16 jun 2015 (Ecclesia) – O arcebispo de Mossul, no Iraque, pretende que a comunidade internacional tenha uma intervenção “mais enérgica” para que as cidades de Mossul e de Nínive sejam libertadas o mais rápido possível e a população possa regressar a casa.

“Exorto a comunidade internacional se não podem proteger-nos, têm de abrir as suas portas e ajudar-nos a começar uma vida nova noutro lugar. Não obstante, o nosso desejo é permanecer no Iraque, não consigo entender o que está a acontecer à minha volta”, disse D. Yohanna Mouche em declarações à Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).

O responsável religioso explica que a única coisa que pode devolver-lhes a “alegria e a dignidade” é o regresso a casa e apela a que seja exercida “alguma pressão” sobre quem “têm responsabilidades para a libertação das aldeias e cidades”.

“Para que as pessoas possam regressar e continuar com as suas vidas em paz em suas casas”, acrescentou à AIS.

O prelado pediu também aos cristãos na Europa para não descuidem a oração pelos que são perseguidos.

“Peço-vos que rezeis por nós, especialmente pelos nossos líderes políticos, para ajudá-los a encontrar uma solução que nos permita regressar às nossas cidades”, pediu D. Yohanna Mouche.

As escassas informações que o arcebispo de Mossul consegue ter da sua cidade “não são encorajadoras” e dão conta da opressão dos militantes do auto proclamado Estado Islâmico e destruição do património.

“Ouvi dizer que destruíram algumas partes do mosteiro de San Behnam, que data do século IV, bastante famoso e antigo e que alberga milhares de documentos. Por outro lado, não temos notícias concretas das nossas igrejas e mosteiros em Mossul porque não ficou lá ninguém para nos informar”, revelou D. Yohanna Mouche que teve de fugir desde que a cidade foi controlada pelos militantes islâmicos em junho do ano passado.

Neste contexto, a fundação pontifícia AIS acrescenta que em Mossul os militantes transformaram a igreja sírio-católica de Efrém numa mesquita.

Atualmente a viver no norte do Iraque, na zona curda, o arcebispo assinala que a população precisa de “tudo”: “Casas, medicamentos, educação e meios de transporte”, exemplificou D. Yohanna Mouche.

AIS/CB

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Agência ECCLESIA

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