A Al-Qaeda no Iraque avisou esta Quarta-feira, dia 3 de Novembro, que os cristãos passam a ser considerados como “alvos legítimos”, depois de ter expirado o ultimato dado à Igreja Copta, no Egipto, para que libertasse duas mulheres, segundo o centro norte-americano de Vigilância de Sites Islamitas.
Recorde-se que o Estado Islâmico do Iraque, grupo ligado à rede terrorista al-Qaida, reivindicou, no passado domingo, o ataque a uma igreja siríaca católica, em Bagdad.
Na altura deu 48 horas à Igreja Copta do Egipto para libertar duas cristãs egípcias que se converteram ao Islão e estão alegadamente “detidas em mosteiros” naquele país, Camilia Chehata e Wafa Constantine.
“O ultimato acordado para libertar as nossas irmãs expirou’, refere um comunicado da al-Qaeda no Iraque, publicado pela agência Lusa.
“Consequentemente, o Ministério da Guerra no Estado Islâmico do Iraque adverte que todos os centros, organizações, instituições, dirigentes e fiéis cristãos são alvos legítimos dos mujahidin (combatentes da fé), onde quer que estejam”, adianta o mesmo texto.
O grupo acrescenta, no entanto, que “todos os religiosos e, em primeiro lugar o tirano do Vaticano, devem estar cientes de que a espada não cairá na cabeça dos seus seguidores, se eles se distanciarem das acções que a Igreja do Egipto está a fazer”.
A Al-Qaeda apela mesmo aos católicos para que “enviem um sinal claro aos mujahidin, pressionando a Igreja egípcia para que liberte as duas prisioneiras”.
O ataque de domingo à noite, em Bagdad, um dos mais mortíferos realizados contra cristãos do Iraque, foi cometido por um comando armado, em plena missa, na catedral Sayidat al-Najat (Nossa Senhora do Perpétuo Socorro), na véspera do dia de Todos os Santos.
Redacção / Agência Lusa