Lisboa, 29 fev 2012 (Ecclesia) – Masoud Delijani, um ex-muçulmano recém-convertido ao cristianismo, foi condenado a três anos de prisão pelo Tribunal Revolucionário de Kermanshah, a cerca de 500 quilómetros de Teerão, revela hoje a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).
A organização católica, especializada na informação sobre perseguição e discriminação contra cristãos, cita testemunhas que falaram à agência de notícias Mohabat sobre o processo, que consideram “pouco claro”.
Segundo estes depoimentos, que foi negada a Delijani a possibilidade de escolher o seu próprio advogado.
O cristão, professor de Liceu em Kermanshah, está detido na cadeia de Deizal-Abad, descrita como “deplorável”.
Até ao momento, só pôde receber breves visitas da sua mulher, de duas em duas semanas, ficando ambos separados por um vidro e falando através de um intercomunicador.
Segundo a agência Mohabat, o tribunal acusou-o de “ser cristão, frequentar lugares de culto considerados ilegais, evangelizar muçulmanos, insultar figuras sagradas do Islão e de ter atividades contra a segurança nacional”.
O Departamento de Informação da Fundação AIS assinala que a perseguição aos cristãos iranianos se agudizou desde o Natal de 2010, “quando as autoridades prenderam numerosos ex-muçulmanos convertidos ao cristianismo em diversas cidades do país”.
OC